Vereador apoia mobilização da Agricultura Familiar contra mudanças previdenciárias

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O vereador Gilvane Moreira (PP) divulgou em seu espaço na tribuna, na sessão da Câmara de Vereadores terça-feira, 14, a manifestação conhecida como Grito da Terra Brasil, que ocorre nesta quinta-feira, 16, em Santa Maria, com participação de trabalhadores da agricultura familiar da região contra as reformas na Previdência Social.

De acordo com Gilvan, a classe não concorda com as novas regras propostas, uma delas o estabelecimento da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, alternando a norma de hoje que é de 55 anos para mulheres e 65 anos para homens.

Outra proposta de alteração à previdência vem sendo reprovada pela categoria, explica Gilvane: “A proposição de tirar o benefício da pensão por morte de cônjuge fará com que a pessoa tenha direito a apenas um beneficio, sendo que parte da força de trabalho, que era desempenhada pelo seu parceiro ou parceira, não haverá mais, prejudicando a produção familiar”.

O vereador argumentou ainda que a dívida da previdência deve ser solucionada através do trabalho do sistema de arrecadação e não tirando direitos já adquiridos da classe.

“Eles justificam as mudanças dizendo que há um rombo na previdência, mas está provado que a contribuição da agricultura familiar é positiva para o INSS. De 20 bovinos comercializados são descontados R$ 1.000,00 de INSS por ano e R$ 80,83 por mês; assim como em 300 litros de leite produzidos por dia vão para a Previdência R$ 2.120,00 por ano. Isso dá R$ 180,00 de contribuição mensal. Como agricultor não sustenta sistema da previdência se contribuímos com todo este valor na venda da nossa produção?”, questionou, citando ainda outros exemplos.

Moreira destacou ainda o volume de trabalho empregado na produção da agricultura familiar: “Quando vamos ao mercado buscar uma caixinha leite, lá dentro não está só um litro de leite. Existe, por trás disto, um trabalhador que ordenhou aquele leite duas vezes por dia para fornecer aquele leite. O bife também, que representa 36 meses em que um pecuarista cuidou de um animal para que fosse abatido e chegasse ao mercado”.

A mobilização será realizada em todos os Estados. No Rio Grande do Sul, os protestos estão marcados para ocorrer em Pelotas, Caxias, Passo Fundo, Ijuí e Santa Maria.

 

 

Fonte: A.I. Câmara de Vereadores

 

Guilherme Motta