A Polícia Civil indiciou 10 taxistas pela tentativa de homicídio de um motorista de aplicativo, no dia 11 de setembro, em Caçapava do Sul, Região Central do estado. O inquérito foi concluído e remetido nesta segunda-feira, 30, ao Ministério Público.
Todos os suspeitos negam participação no crime. As defesas dos taxistas devem se manifestar após receberem a intimação da Justiça.
Quatro homens, entre 21 e 54 anos, foram presos por envolvimento no caso e mais seis foram identificados pela polícia. Todos eles, donos ou funcionários de empresas de táxi, devem responder aos crimes de tentativa de homicídio, roubo e associação criminosa.
O presidente da Associação dos Taxistas, Irivelto de Jesus Machado Moreira, e o filho dele, Felipe dos Santos Moreira, estão presos desde o dia 17 por participação nas agressões. O taxista e vereador Alex Vargas Nunes e o filho dele, Alesson Dias Nunes, também estão presos preventivamente.
Eles são suspeitos de espancar Oilson Ricardo Gomes Alves quando o motorista de aplicativo buscava um passageiro. Segundo a polícia, eles se organizaram em grupo para espancar Oilson.
“Eles assumiram o risco de matar”, afirma o delegado Laurence de Moraes Teixeira.
Além da versão da vítima, a investigação colheu depoimentos de testemunhas e imagens de câmeras de segurança. Toucas ninja encontradas com os suspeitos e que teriam sido usadas na noite do espancamento foram apreendidas.
Dinheiro e celular do motorista de aplicativo foram roubados. Uma nova ameaça contra ele, feita por um homem de moto, no dia 23, também está sendo investigada pela Polícia Civil.
O advogado de Irivelto e Felipe, Léo Tronco, informou por telefone que irá se manifestar após ler a conclusão da investigação.
O defensor de Alex e Alesson, Rogério Motta, disse que irá se inteirar do inquérito nesta terça-feira (1º). O vereador pediu afastamento da Câmara por 30 dias e pode prorrogá-lo por mais 120. A comissão de ética pediu um parecer jurídico da União dos Vereadores do Rio Grande do Sul (Uvergs) para dar andamento ao caso, pois o regimento interno da casa só prevê punição em casos julgados pela Justiça.
O MP deve decidir até a próxima sexta-feira, 4, se denuncia os suspeitos pelos três crimes.
Fonte: G1 RS