Pfizer propõe 3ª dose de vacina

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A Pfizer e a BioNTech anunciaram, na última quinta-feira, 9, que buscarão autorização para uma terceira dose de sua vacina contra a Covid-19 para reforçar a eficácia. A decisão ocorre no momento em que a variante Delta causa surtos na África e na Ásia, e aumenta os casos na Europa e nos Estados Unidos.

A variante provoca uma aceleração da pandemia, que já registra mais de 4 milhões de mortos, segundo balanço da AFP com base em dados oficiais. Isso levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a advertir que o mundo se encontra “em um ponto perigoso”.

A Pfizer e a BioNTech disseram que uma terceira dose terá um bom desempenho contra a variante Delta e vão solicitar, em breve, sua autorização nos Estados Unidos, na Europa e em outras regiões. Dados de um teste em andamento mostraram que uma nova imunização aumenta os níveis de anticorpos de cinco a dez vezes mais contra a cepa original do coronavírus e a variante Beta, encontrada pela primeira vez na África do Sul, em comparação com as duas primeiras doses. As informações constam no comunicado de ambos os laboratórios.

As empresas afirmam ainda que a dose de reforço agirá de maneira similar contra a variante Delta, mas que também desenvolverão uma vacina específica contra essa cepa. As autoridades americanas disseram que ainda estão avaliando a necessidade de um reforço.

 

Número de mortos recua

Quase 16 meses depois de uma pandemia que arrasou o mundo inteiro, o total de casos de Covid-19 passa de 185 milhões, conforme balanços oficiais. Para a OMS, no entanto, este número pode se muito maior. A média diária de óbitos na última semana foi de 7.870 e continua recuando, pouco a pouco – um número distante das 13.700 mortes por dia registradas no final de abril e início de maio.

Já o número de casos está subindo, após quase dois meses de queda (405 mil na média diária, +9% intersemanal), com surtos em países como Reino Unido, Indonésia e Rússia, atingidos em cheio pela variante Delta.

A situação sanitária também se agrava na África, que “acaba de viver a semana mais desastrosa da história das pandemias”, segundo a diretora regional da OMS para este continente, Matshidiso Moeti. “Mas o pior está por vir, pois a terceira onda não para de se expandir de maneira acelerada e ganha terreno”, alertou.

 

 

Fonte: Correio do Povo