Câmara fará entrega de Medalha Sepé Tiaraju e Título Sepeense nesta sexta-feira

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A Câmara de Vereadores de São Sepé realiza, nesta sexta-feira, 30, às 18h30, Sessão Solene de entrega da Medalha Sepé Tiaraju e Título de Cidadão Sepeense ao apropecuarista Vitélio Zago. As honrarias foram outorgadas através do Decreto Legislativo número 006 de 2017, aprovado em 31 de maio em plenário. A indicação foi proposta pelos vereadores Lauro Ouriques (PPS), Janir Machado (PP), Luiz Otávio Picada Gazen (PDT) e Zilca Camargo (PDT), com o apoio dos demais vereadores.

A medalha Sepé Tiaraju é a maior honraria concedida pelo Poder Legislativo de São Sepé e tem por objetivo reconhecer o esforço e o trabalho de todos aqueles que prestam serviços visando o engrandecimento da cidade. Já o Título de Cidadão Sepeense é concedido a pessoas que não são naturais do município, mas que tenham contribuído para o crescimento e desenvolvimento da comunidade sepeense.

A sessão terá transmissão ao vivo pela TV Câmara. Para assistir acesse  www.saosepe.rs.leg.br e desça a barra de rolagem até o final da página.

 


Biografia do homenageado

Nascido em 13 de abril de 1928, Vitélio Zago é natural de Santa Maria, Quinto Distrito. Filho de Luís Zago e Ângela Colpo Zago, cresceu com nove irmãos e quatro irmãs, sendo duas de criação. Com ensino fundamental incompleto, estudou até a quarta série.

Em 1953, casou-se com Sulmira Matilda Boeck Zago, com quem teve cinco filhos: Carlos Alberto, Flávio Luís (in memorian), Helena Maria, Tânia Regina e Nara Rejane. Com a atual esposa, Geovana Machado Lopes, teve Ana Caroline.

Em 1945 veio para São Sepé trabalhar como peão, sendo empregado dos irmãos, no Rincão dos Simões Pires. Na época, sem a ajuda da tecnologia, o arroz era colhido com foice e exigia muita mão de obra. Cerca de dez anos depois, os familiares dele venderam a propriedade que tinham em Santa Maria e decidiram ir para o Estado do Paraná, na cidade de Querência do Norte, onde seu irmão Setembrino foi prefeito. Vitélio ficou um ano lá e voltou para o Rio Grande do Sul. De lá para cá, só visitava os irmãos, que passaram a plantar café, algodão e também trabalhavam no ramo da pecuária no Estado vizinho.

De volta à São Sepé, arrendou uma área conhecida como Banhado do Trancoso, na localidade do Boqueirão, onde iniciou sua plantação de arroz e criação de gado. A partir daí foi expandindo a extensão de área plantada, arrendando outras propriedades. Foi considerado um dos maiores produtores de arroz do Estado e grande produtor e multiplicador de sementes. Com a ajuda da esposa, trabalhou muito e sempre foi diretamente responsável pelos próprios negócios.

Em 1993 uma perda muito dolorosa teve um impacto grande na vida dele. Seu filho Flávio Luís faleceu, na época com 23 anos. Ele era formado em veterinária e estava ajudando o pai na propriedade da família. Na época abalado pela perda, Vitélio passou a diminuir o cultivo de arroz e outras atividades. Há 17 anos não planta mais arroz.

Teve ainda problemas de saúde, com dois episódios de Acidente Vascular Cerebral e uma reação a um medicamento, que acabou gerando uma lesão no estômago e perda de muito sangue. Nesta oportunidade, esteve internado na UTI por quatro dias.

Em São Sepé, participou da fundação da Associação dos Arrozeiros, onde é sócio até hoje. Também é sócio do Sindicato Rural, da Cooperativa Tritícola Sepeense e da Arrozeira Sepeense. Também é sócio do Sindicato Rural de Uruguaiana. Gerou empregos para centenas de pessoas. Além disso, suas terras foram lar para mais de 20 famílias, cujos homens e mulheres trabalhavam como caseiros.  Com todos eles, Vitélio nutria relações de companheirismo e amizade.

É uma das figuras mais lembradas por entidades beneficentes de São Sepé. O agropecuarista colabora regularmente com a Liga Feminina de Combate ao Câncer, com o Lar do Idoso, com o Hospital Santo Antônio e com a Paróquia local. Com a Festa do Divino, por exemplo, colaborou pela 70º septuagésima vez dentro das 138 edições. Chegou a doar seiscentos e setenta fardos de arroz ao Hospital, em uma das piores fases financeiras da entidade.

Vitélio se orgulha de manter vínculos econômicos, afetivos e sociais com São Sepé. Ele conta que tem amigos em Uruguaiana, Santa Maria, mas que tem laços fortes com o povo sepeense.

 

 

Fonte: A.I. Câmara de Vereadores de São Sepé