Boate Kiss chegou a funcionar sem alvará da prefeitura em 2009, diz engenheiro Tiago Flores Mutti

0
207


Divulgação/ TJRS

 

O julgamento da Kiss continua em Porto Alegre. Neste domingo, Kellen Ferreira e Maike Ariel dos Santos, que já prestaram oitivas no processo, acompanham o júri da plateia.

Na manhã de hoje, o engenheiro civil Tiago Flores Mutti prestou depoimento. Arrolado pela defesa de Mauro Hoffman, um dos sócios da boate e réu no processo, Mutti chegou a ser indiciado pela Polícia Civil no inquérito do caso, junto com outros 27 nomes.

Tiago fez o primeiro projeto da boate, quando o pai dele e a irmã eram sócios da casa noturna, segundo ele, foi solicitado plano de proteção contra incêndio (PPCI) por parte do Ministério Público (MP) e bombeiros. “Na prefeitura que deu mais problemas, lá os projetos são mais demorados e acaba atrasando”, explicou.

Sem o alvará da prefeitura, ele aconselhou que o pai e a irmã vendessem a parte dele na boate. Foi então, que o Elissandro Spohr, o Kiko, entrou como sócio, em 2009.

Mutti lembrou que antes da Kiss, funcionava um cursinho pré-vestibular de 630 metros quadrados. Por ser dividido em diversas salas de aula, a reforma do prédio foi demorada. Conforme o depoimento dele, as reformas posteriores do local, 2011 e 2012, foram exigidas por Kiko.

Conforme a prefeitura de Santa Maria, a boate foi multada seis vezes por causa do alvará.