“Nossos filhos também não queriam morrer” diz Adherbal Ferreira, primeiro presidente da AVTSM, sobre quarto dia de julgamento da boate Kiss

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Foto:Juliano Verardi/Divulgação/ND


Foto:Juliano Verardi/Divulgação/ND

 

O quarto dia de julgamento da boate kiss contou com depoimento do produtor de eventos Alexandre Marques, testemunha arrolada pela defesa de Elissandro Callegaro Sphor (Kiko). Na oitiva, Marques contou uma versão eximindo a parcela de culpa do ex-sócio da casa noturna.

“Eu nunca compraria nada que não viesse em uma caixa com descrição”, disse o produtor de eventos, em referência clara a Luciano Augusto Bonilha Leão, auxiliar da banda responsável pela compra do artefato pirotécnico que deu início ao incêndio.

Durante o depoimento, Marques disse que a “espuma não foi o problema, e sim uma junção de erros”, apontando então para o Ministério Público (MP).

No intervalo, de acordo com a cobertura do Twitter do Jornal Diário de Santa Maria, Adherbal Ferreira, primeiro presidente da Associação de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), conversou com o atual presidente da associação, Flávio Santos acerca do júri. Na conversa entre eles, Ferreia falou: “”Temos de nos unir. Tem um pessoal achando que a gente é que é culpado ou dizem que não queriam matar ninguém. Isso eu sei, mas nossos filhos também não queriam morrer”.

Neste momento, o sobrevivente Maike Airel dos Santos, sobrevivente arrolado pelo MP presta depoimento sobre o dia do acidente. Maikel chegou a ficar em coma por uma semana em coma, precisou fazer tratamento no pulmão por cerca de um ano e meio, além do uso de malhas compressivas para crescimento uniforme da pele, já que ele teve parte do corpo queimado.

“Ainda tenho resquícios de traumas. Tive crises de pânico, ansiedade, medo de aglomeração”, relembra, acrescentando que não conseguia nem mesmo pegar ônibus lotado.