Termelétrica de São Sepé começará testes em março

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Foto: divulgação/Creral


  A Usina Termelétrica São Sepé começará a fase de testes em março. A estrutura está em fase final de instalação e deve começar a fornecer energia elétrica a partir da queima de casca de arroz no segundo semestre deste ano. Considerado um dos maior empreendimentos de São Sepé, a usina custará R$ 47 milhões, dois quais R$ 35 milhões virão de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A unidade pertence à Cooperativa Regional de Eletrificação Rural do Alto Uruguai (Creral) e terá potência instalada de 8 megawatts (MW), energia suficiente para abastecer 31 mil domicílios – o equivalente a uma população entre 100 mil e 120 mil pessoas. A previsão é de um faturamento de R$ 1,5 milhão por mês.

Foto: divulgação/Creral

A usina está sendo montada na ERS-149, na localidade de Bela Vista, a cerca de um quilômetro da subestação da RGE Sul. A concessionária deverá ser uma das 15 de todo o país a receber a energia produzida pela usina de biomassa, cujo combustível será o calor gerado pela queima de 6 mil toneladas de casca de arroz por mês.

Segundo a Creral, no momento é feito o isolamento térmico da caldeira. Após essa etapa, será realizado o revestimento final e, em março, o equipamento principal da usina estará pronto para os testes. Também está sendo construído um silo para a armazenagem da casca de arroz. Pelo contrato com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a usina deve começar a fornecer energia para o Sistema Elétrico Nacional a partir do segundo semestre deste ano.

A unidade empregará 30 pessoas e tem autorização para operar por 20 anos. Embora a Termelétrica São Sepé tenha participado dos leilões de energia da Aneel para vender eletricidade para distribuidoras de todo o país, na prática a energia produzida pela unidade deve ser consumida na própria região. Ela deverá abastecer São Sepé e municípios vizinhos, como Formigueiro e Caçapava do Sul, ampliando a oferta de energia no Centro do Estado. Paralelamente, a RGE Sul está investindo R$ 16 milhões na ampliação da subestação de São Sepé, para poder receber a maior oferta de energia elétrica.   Retorno A prefeitura de São Sepé ainda não tem os cálculos do retorno em impostos da usina para o município. Esses valores só ingressarão nos cofres municipais a partir de 2019. O prefeito Léo Girardello (PP) ressalta que o incremento para o desenvolvimento de São Sepé não será somente em tributos. Além dos 30 empregos diretos, a empresa deve gerar outros 50 indiretos no transporte da casca de arroz e na prestação de serviços à termelétrica.

A casca virá de 12 empresas de nove municípios da região. Dessa forma, as 70 mil toneladas por ano que deixarão de ser um passivo ambiental passarão a ter um destino mais adequado, a partir da queima no forno da usina. As emissões são controladas. Até mesmo as cinzas resultantes da queima da casca do arroz serão reaproveitadas pelas indústrias de calcário. “É um sistema totalmente seguro. Foi pensado para não deixar nenhum resíduo”, afirma Girardello.     Fonte: Diário