Serviço de fonoaudiologia do HUSM recebe novo equipamento para o teste da orelhinha

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A fonoaudióloga Ana Paula da Silva e a residente Daniela Gonçalves, do serviço de fonoaudiologia do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), contam, desde a última segunda-feira, 8, com um novo aliado para o trabalho diário de triagem auditiva em bebês recém-nascidos.

O novo equipamento Titan – que passará a ser usado no teste da orelhinha – também é portátil, assim como o aparelho que vem sendo usado há quatro anos. Ambos serão usados na beira do leito, evitando o deslocamento do bebê até o ambulatório do serviço.

“O novo equipamento permite uma avaliação inicial da audição de forma completa. Para os bebês que apresentarem alteração no teste da orelhinha, quando estes forem ao retorno (geralmente após 15 dias ao primeiro exame) será possível realizar uma investigação das condições de orelha média que podem estar interferindo no resultado apresentado pelo bebê”, explica a fonoaudióloga Ana Valéria Vaucher.

O Titan custou cerca de R$ 70 mil. O que diferencia o Titan dos demais equipamentos é a possibilidade de realizar a avaliação da orelha média através da timpanometria de banda larga – que é um recurso que poucos equipamentos apresentam e que permite realizar um diagnóstico diferencial das patologias de orelha média, tanto em crianças quanto em adultos. Além da timpanometria de banda larga, é possível realizar mais dois exames: Emissões Otoacústicas Evocadas (Transientes e Produto de Distorção) e Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Automático.

“Na prática, clínica tem a possibilidade de realizar a timpanometria na frequência 1000 Hz, que vai ser utilizada com os recém-nascidos que falharem no reteste da Triagem Auditiva Neonatal. O novo equipamento também será usado nas pesquisas coordenadas pela professora Eliara Pinto Vieira Biaggio, do Departamento de Fonoaudiologia”, explica Ana Valéria.

No dia 4 de maio o técnico da empresa responsável pela venda do equipamento esteve no HUSM para capacitar os profissionais que irão usá-lo. Em 2016, 2.077 bebês foram triados pelo serviço de fonoaudiologia.

“O teste é obrigatório por lei, desde 2010. Todas as crianças nascidas no HUSM realizam o teste da orelhinha antes de receber alta. Na impossibilidade de realizar o exame durante a internação, o atendimento do bebê é agendado para o ambulatório”, garante Ana Paula.

 

Saiba Mais

– O teste da orelhinha ou Triagem Auditiva Neonatal (exame de Emissões Otoacústicas Evocadas) deve ser realizado antes da alta hospitalar ou, preferencialmente, no primeiro mês de vida;

– Desde a publicação da Lei Federal 12.303 de 2010, o exame tornou-se obrigatório e, gratuito em maternidades públicas;

– O teste é indolor, dura cerca de 10 minutos e é realizado utilizando-se uma sonda de silicone, semelhante a um fone de ouvido na orelha do bebê;

– A sonda acoplada ao equipamento portátil emite sons de fraca intensidade e capta as respostas que a orelha interna do bebê produz.

– Estudos indicam que um bebê que tenha o diagnóstico de surdez e que realize a protetização auditiva até os seis meses de idade – quando associado a fonoterapia -pode desenvolver linguagem muito próxima a de uma criança ouvinte.

 

 

Fonte: A.I. Husm