Saúde Mental foi tema de audiência pública em São Sepé

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Buscando discutir sobre saúde mental, depressão e drogas, a Câmara de Vereadores, juntamente com a Secretaria de Saúde de São Sepé, realizou na manhã de sexta-feira, 27, a primeira audiência pública sobre Saúde Mental. O evento fez parte da programação do Setembro Amarelo, campanha iniciada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Brasileira de Psiquiatria.

A ideia do Setembro Amarelo é conscientizar a população e os profissionais de saúde para que reconheçam os sinais de risco e auxiliem no tratamento. Com o tema “Falar é a melhor solução. Viver é a melhor opção”, foram debatidas ações de prevenção e conscientização sobre o suicídio complementar à campanha realizada internacionalmente.

Durante os pronunciamentos, o presidente do legislativo, o vereador Paulo Nunes falou sobre a importância do momento em promover a saúde e não somente tratar as consequências. “Temos que promover a Saúde Mental e falar também da importância do cuidado com a alimentação e bem-estar de todos os pacientes”. Ele ainda salientou que os órgãos públicos devem se preocupar com ações e políticas públicas, além de promover lideranças e debates importantes como audiências públicas.

O secretário Marcelo Ellwanger apontou dados importantes como a eficiência do munícipio de São Sepé e a importância da presença da sociedade e da família junto aos pacientes. “40 % das pessoas que começam um tratamento não concluem, e para isso a sociedade e a família devem estar mais presentes, assim com uma base sólida, os dados poderiam ser outros”, relata Ellwanger. “Desde novembro do ano passado houve um descredenciamento do CAPS AD, com isso uma verba de R$ 40 mil deixou de ser repassada e, mesmo assim, a nossa Secretaria de Saúde se encontra em plena atividade e atendimento”, reforça.

Integrantes do Caps AD de São Sepé apresentaram dados informativos de atendimentos e programas que são executados pelo grupo no município, além de vídeos e depoimentos de pacientes que participam de oficinas terapêuticas.

O Dr. Francisco Schuh Beck, Juiz de Direito da 1ª Vara da Comarca de São Sepé, explanou algumas leituras e relatou que doença mental “não é vergonha, não é errado”, além da comentar sobre a necessidade de hospitais psiquiátricos. “Temos muitas dificuldades de conseguir leitos em casos de surto psicológico. O uso de drogas, o vício, é uma doença e deve ser tratada como tal , logo por sua vez diretamente ligada a saúde mental”, relata. Ele ainda chama a atenção sobre a responsabilidade da família que, além de obrigações amparadas pelas esferas da lei, existe uma responsabilidade moral.

Ao fim da audiência foi realizada uma roda de debates para encaminhamentos, onde o vereador Tavinho Gazen falou sobre a realização de serviço de orientação e sobre o uso consciente dos aparelhos eletrônicos em exageros.

Já o Dr. Roberto Fachin Alberto falou sobre a criação de uma comissão para conhecer projetos semelhantes com os temas que abrangem o suicídio e a saúde mental. “Com esta comissão podendo ter uma base de estudos para a implementação na cidade, além da criação de grupos de apoio a suicidas (assim como existe o AA)”, relata.

Celso Sagastume falou sobre a criação de grupos de apoio nos bairros para orientações, informações e apoios. “Não apenas nos temas de saúde mental, mas algo que pudesse servir para a população afastada do centro da cidade”, comenta. Carlos Antonio Saraiva ainda completou sobre a importância da evangelização e da espiritualidade, que as pessoas devem estar amparadas e também que ajam projetos ligados a religião.

A professora Girlei Reinstein finalizou falando sobre a importância da criação de projetos sociais voltados às crianças, sejam eles ao esporte, arte, música, mas que sejam estes projetos aplicados de forma que ajam de maneira preventiva. “Temos que trabalhar com a prevenção junto as escolas e jovens”, finaliza.

A Secretaria de Saúde, juntamente com os órgão competentes, irão compilar os encaminhamentos e formar grupos de estudos para projetos futuros sobre saúde mental e drogadição. As informações são da Câmara de São Sepé.