Eu tenho saudade, tenho saudade da saudade.
Da mesma que me maltratava,
da mesma que me procurava,
da mesma que me indagava,
da mesma que me cortava as asas.
Ah, saudade!!!
A saudade sempre foi linda
Ao mesmo tempo que traiçoeira.
Basta uma palavra bonita e fica de pé.
Uma palavra errada, uma rasteira.
Ô, saudade!!!
Saudade dos tempos em que eu não me preocupava com nada.
Dos tempos que eu gostava de não fazer nada.
Das vezes que minha mãe me xingava,
Das vezes em que de pé descalços eu jogava.
Poxa, saudade, por que me atormenta todo dia? Sente falta de mim, e de minha alegria?
Ou apenas está disposta a sentir uma energia?
Aquela que tu sentia, sempre que alguém por mim sentia?
A minha vida, que pecado ser tão sublime é cruel,
Me leva do inferno ao céu,
será mesmo que esse é seu papel?
Vou pensar, vou escrever e tentar entender
O porquê de não me dizer, o porquê de não me compreender.
Mas, se um dia, de ti novamente eu lembrar, prometo não me apavorar.
Prometo apenas sorrir, mesmo que triste em ter que sair.
Apenas vou lhe falar: Saudade de te sentir.
