Polícia desvenda autoria de assassinato de taxista por meio de vídeo de WhatsApp

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Foto: reprodução/São Pedro Agora


 

A Polícia Civil prendeu temporariamente na noite de quarta-feira, 7, um jovem, de 19 anos, pela morte do taxista encontrado carbonizado em São Vicente do Sul, no dia 1º de março. A vítima foi identificada como José Carlos Flores, de 69 anos.

Conforme o delegado Jun Sukekawa, Mikael Lopes da Silva confessou o crime em depoimento e foi identificado por meio de câmeras de segurança, testemunhas e um vídeo de Whatsapp gravado por ele mesmo dentro do carro roubado do taxista.

Segundo o delegado, no vídeo, que Silva teria enviado para amigos por meio do aplicativo, ele aparece dirigindo o Uno do taxista e conta que está andando na contramão. Nas imagens, não aparece nem é feito menção ao taxista, mas, o carro era da vítima. O delegado acredita que a vítima já estaria morta dentro do carro no momento do registro em vídeo.

Foto: reprodução/São Pedro Agora

Em depoimento, o jovem confessou o crime e confirmou que o vídeo era de sua autoria. Silva disse que pegou o táxi no ponto em que Flores ficava, na rodoviária da cidade, e pediu para ir até uma estrada do interior, que é uma saída alternativa do município. Quando o táxi diminuiu a velocidade para dar passagem a outro veículo, Silva enforcou o taxista e dirigiu em direção a São Vicente do Sul, onde ateou fogo no veículo com o corpo de Flores dentro. Ele alega que teria esquecido alguns fatos por estar sob efeito de droga.

Ao descobrir sobre o vídeo, a polícia procurou o pai do suspeito, que afirmou que o filho teria chegado com os braços queimados em casa na data do crime.

“Nas imagens, conseguimos ver o painel do carro e que o combustível estava acabando, o que condiz com o depoimento dele, que a gasolina teria acabado e ele teria tentado empurrar o carro antes de incendiar o veículo”, aponta Sukekawa.

Silva foi encaminhado para o Presídio de São Vicente do Sul. As investigações seguem para tentar apurar se há outros envolvidos no crime e esclarecer mais detalhes.

“Ele (o autor confesso) foi muito detalhista em alguns momentos, indicando o conteúdo que havia no vídeo, por exemplo. Mas ele diz não lembrar de outros detalhes porque estaria muito drogado. Ainda temos de esclarecer esses pontos”, afirma Sukekawa.

 

O caso

A Polícia Civil encontrou o corpo carbonizado dentro de um veículo queimado no começo da tarde do dia 1º de março, em uma estrada do interior de São Vicente do Sul. A identidade da vítima foi confirmada por um familiar, que reconheceu os fios de marca-passo que Flores usava. O taxista havia desaparecido na noite de quarta-feira, após receber uma ligação para fazer uma corrida.

Flores trabalhava como taxista em São Pedro do Sul. Colegas, familiares e amigos fizeram na última sexta-feira uma carreta pela cidade para pedir justiça pelo taxista.

 

Fonte: Diário de Santa Maria