Polícia descobre túnel e frustra plano de fuga no Presídio Central

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Fotos: reprodução/Adriana Irion


Fotos: reprodução/Adriana Irion

A Polícia Civil frustrou plano que poderia resultar na maior fuga de presos do Presídio Central na manhã desta quarta-feira, 22. Um túnel de pelo menos 50 metros estava sendo construído para que pelo menos 200 detentos fugissem no Carnaval. Informações ainda apuradas pela polícia dão conta, no entanto, de que a facção criminosa responsável pelo túnel cobrava valores de criminosos ligados a outros grupos para que também fugissem.

“Até mil homens poderiam escapar durante esse Carnaval — admite o diretor de investigações do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc)”, delegado Mario Souza.

O buraco, aberto a partir de uma casa vizinha ao Presídio Central, na Rua Jorge Luís Domingues, no bairro Aparício Borges, já tinha 50 metros de comprimento. De acordo com o delegado Rafael Soares Pereira, que comandou a apuração pelo Denarc, a estrutura ainda não havia chegado a nenhum dos pavilhões da cadeia pública.

A estimativa, conforme o delegado Mario Souza, é de que restava somente 10 metros de escavações para que o túnel chegasse ao seu objetivo dentro da cadeia.

“Mas já temos informações contundentes sobre qual facção criminosa custeava essa estrutura e seria beneficiada com a fuga. Mantivemos uma campana ininterrupta próximo da casa para averiguar se as informações eram verdadeiras. Decidimos entrar hoje (quarta-feira) na casa e fomos surpreendidos por toda essa estrutura”, afirma o delegado.

Havia suspeita de que integrantes de uma facção inteira utilizariam o túnel para deixar a prisão. A ação policial encontrou na casa a abertura do túnel, diversos ventiladores, pás, mangueiras, fiação elétrica e quatro homens trabalhando lá dentro.

“É uma estrutura de engenharia complexa, com estacas, madeiras de sustentação e materiais que eram usados para a abertura do túnel em tempo integral”, diz o delegado Rafael Pereira.

Sete homens e uma mulher foram presos no local. De acordo com a polícia, eles receberam R$ 1 mil por semana para fazer o serviço. A ação é resultado de quatro meses de investigações e, segundo o delegado, terá continuidade.

 

Fonte: Zero Hora