Permissão de trânsito de equinos com exame negativo de mormo tem prazo ampliado

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Foto: divulgação/Fernando Dias

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Foto: divulgação/Fernando Dias
Foto: divulgação/Fernando Dias

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), realizou nesta segunda feira, 6, reunião na sede da Seapi com representantes de entidades de criadores de equinos. O objetivo foi apresentar informações sobre o levantamento da incidência de mormo no Estado. Após um ano do primeiro caso diagnosticado da doença no RS, técnicos da secretaria junto com o ministério da agricultura, realizaram um levantamento através de cruzamento de dados, do número de exames realizados, que hoje estão em cerca de 180 mil, em relação ao número de animais que foram diagnosticados com mormo, que atualmente são 62.

A intenção deste procedimento foi viabilizar a ampliação de permissão de trânsito de equinos, por meio da emissão da Guia de Transito Animal (GTA) para o exame negativo do mormo, para 6 meses (180 dias). Hoje esta permissão vale para 60 dias.

O Coordenador do Programa de Sanidade Equina da Seapi, Gustavo Diehl, apresentou o levantamento realizado em 180.052 animais testados em 489 municípios, de junho de 2015 a abril de 2016. Destes, 179.944 foram negativos, com 62 casos positivos confirmados, o que representa 0,034%,considerada uma prevalência extremamente baixa. O RS possui mais de 111 mil propriedades com equinos no RS, em uma população de 529 mil cavalos. Ainda segundo Gustavo Diehl, a emissão de GTAs aumentou. Em 2015 foram emitidas mais de 277 mil guias. Após a apresentação do levantamento, o secretário Ernani Polo confirmou a ampliação para 6 meses da permissão de trânsito de equinos com exame negativo de Mormo no RS.

“Chegamos a esta ampliação após um excelente trabalho de nosso técnicos da Seapi, com apoio do ministério da agricultura e da Ufrgs, que permitiu verificarmos a baixa incidência da doença. Nosso objetivo é manter o controle e o monitoramento do mormo, medida que estamos realizando de forma eficaz. Por outro lado, é fundamental que os proprietários realizem exames, inclusive naqueles animais que não foram testados, para que o cerco a doença aumente. Com a ampliação para 6 meses da permissão de transito de equinos com exame do mormo, buscamos também que todos os proprietários dos animais tenham condições de realizar os exames e, da mesma forma, tenhamos a garantia de manutenção dos eventos equestres, tão importantes em nossa cultura e tradição gaúcha. Agradeço a todas as entidades que estiveram e estão conosco nesta construção” ressalta o secretário Ernani Polo.

“Há a necessidade da continuidade do trabalho que vem sendo realizado. Já que atuamos para evitar a propagação dos focos entre os animais e também entre os humanos. Precisamos manter aproximação com as entidades e órgãos para que possamos atuar em conjunto”, analisa Gustavo Diehl.

“Quando ocorreu o primeiro diagnóstico, em junho de 2015, houve a certa decisão da secretaria da agricultura para tomar a iniciativa de realizar um amplo teste dos animais, como medida de precaução. Com os dados acumulados destes testes fizemos este estudo, que nos permitiu verificar a baixa ocorrência da enfermidade no RS e com isso à necessidade de redefinir a estratégia de controle. Assim, o trabalho de controle e erradicação do mormo no RS continuara, mas agora por intermédio de procedimentos direcionados aos animais e propriedades de maior risco para a doença. Além disso, vamos desenvolver um estudo de prevalência, que nos dará um retrato fiel da situação no RS. Este conjunto nos permitira trabalhar de forma mais estratégica e eficaz”, afirmou Bernardo Todeschini, chefe do serviço de saúde animal da superintendência do Ministério da Agricultura no RS.

Participaram da reunião ainda os deputados estaduais Sérgio Turra, Adolfo Brito, Juvir Costela e Gilmar Sossela, representantes dos deputados estaduais Jorge Pozzobon, Frederico Antunes e Edson Brum, representantes dos deputados federais Jerônimo Goergen e Afonso Hann, representantes do MTG, Federação Gaúcha de Laço, Associação de Criadores, IGTF, CRMV, Fetag, Farsul  da Câmara Setorial de Equinos e equipe técnica da secretaria da agricultura e do ministério da agricultura.

 

 

* Seapi

 

Guilherme Motta