A operação que investiga fraudes e organização criminosa por parte dos fiscais agropecuários federais, conhecida como Carne Fraca, foi deflagrada nesta sexta-feira, dia 17 de março, pela Polícia Federal.
Segundo informações da Polícia Federal, a operação tem como alvo os principais frigoríferos do Brasil. Os mais de mil policiais federais cumprem 309 mandatos, 11 de prisão temporária, 27 de prisão preventiva e 77 conduções coercitivas. Além das prisões, também são realizados mais 190 mantados de busca e apreensão nas residências e locais de trabalho de pessoas físicas e jurídicas suspeitas de estarem ligadas no esquema criminoso.
De acordo com informações da 14ª Vara de Justiça Federal de Curitiba, órgão que expediu as ordens judicais, a operação acontece em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Por meio de nota a PF diz que foram dois anos de investigações e afirma que essa é a maior operação já realizada na história da instituição. A suspeita é de que órgãos públicos dos estados de Goias, Paraná e Minas Gerais, ajudaram no esquema, cobrando propina e tráfico de influência. Entre os crimes cometidos pela quadrilha, está o uso de agentes públicos para atividades particulares do grupo.
O foco principal das investigações e da operação é desmascarar e desarticular empresários que participam do esquema, que é liderado por fiscais do Ministério da Agricultura. A suspeita é que os servidores públicos recebiam propinas para emitir certificados sanitários sem fiscalização, e com isso, facilitar a produtos adulterados.
