Na luta contra o covid-19, a falta de bom senso continua sendo o maior desafio

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Foto: arquivo/ilustração


 

Cansaço. A sensação que é unanime entre os profissionais de saúde que vem atuando desde meados de março no combate ao coronavírus também se estende às pessoas responsáveis  pelos serviços de fiscalização em São Sepé. Eles tiveram, no último final de semana, mais uma amostra de que o principal inimigo, agora, é a falta de cidadania e bom senso.

Após algumas semanas de tempo frio – que acabou afastando a população das ruas – o sol forte e a temperatura mais alta foram suficientes para que muita gente voltasse a se aglomerar em alguns pontos do município. Mesmo com poucos casos ativos, a situação preocupa os profissionais de saúde, já que qualquer nova onda de contaminados pode pôr em xeque o trabalho na região – e o consequente agravamento na situação das bandeiras.

A Brigada Militar destacou que vem atuando desde o início da pandemia com o objetivo de dar amparo às ações propostas pelo comitê de combate ao novo coronavírus. No entanto, o baixo efetivo é um dos maiores desafios, já que crimes e casos de maior gravidade não podem deixar de ser atendidos.

O trabalho de orientação, no entanto, não se mostra sempre eficiente. Só no último sábado e domingo foram confeccionados diversos termos circunstanciados devido a desobediência ao artigo 268 do Código Penal. Os documentos serão remetidos ao Poder Judiciário. Outra questão que vem sendo abordada são estacionamentos em locais irregulares que acabam motivando a aglomeração de pessoas.

O setor de fiscalização da prefeitura, responsável por estabelecimentos e empresas, também tem recebido uma série de denúncias. Bares com acúmulo de pessoas no interior e até mesmo jogos de bocha com aglomeração foram alvo nos últimos dias. Os responsáveis salientam que a presença de pessoas em via pública não é competência do órgão, já que este não pode atuar nestes casos.

“A verdade é que basta a Brigada Militar ou a fiscalização virar as costas que as aglomerações retornam. E o pior: dão risada do nosso trabalho”, argumenta um dos profissionais.