Moradores de loteamento popular reclamam de diversos problemas no local

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Quatro anos após sua inauguração, o “loteamento Vitória”, localizado próximo da Avenida Marechal Idelfonso de Moraes, apresenta diversos problemas, de acordo com os moradores do local. Os transtornos são desde depósito de lixo urbano na proximidade das casas, constantes faltas de água, chorume do cemitério, esgoto a céu aberto e odor de veneno devido à proximidade com área ocupada por aviões agrícolas.

Segundo relato do presidente da associação de moradores do bairro, Sérgio Melgareco, várias reclamações foram feitas junto à prefeitura nos últimos anos sobre o local onde está sendo depositado lixo de forma desordenada, porém o problema não foi resolvido. Além disso, é relatado que o caminhão que faz a descarga deste lixo trafega em alta velocidade pelo loteamento, o que gera uma situação de perigo, especialmente para crianças no local.

“Além do mal cheiro, o lixo faz com que aumente o número de insetos, animais peçonhentos e gás que pode gerar queimadas”, disse Sérgio, que ainda relatou que o local fica aos fundos de sua casa, sendo possível ver de sua porta o acúmulo desordenado do lixo.

A proximidade com o cemitério municipal também gera situações de incômodo para os moradores. Isso porque segundo o presidente do bairro, mesmo com o muro que foi construído para tentar resolver o problema, o chorume em dias de chuva ainda chega até o terreno de algumas casas. O mal cheiro também é relatado pelos moradores, que disseram que há problemas de vedação em alguns túmulos, o que acaba agravando a situação.

“Além de tudo isso, devido à aviação agrícola que fica localizada nas proximidades, tem dias que o odor do veneno é insuportável, sem falar que pode fazer mal à saúde das pessoas”, relata Sérgio, que destacou também que houve casos de moradores que tiveram problemas respiratórios, vômito e diarreia nos últimos meses sem saber qual foi a causa e que o loteamento tem locais com esgoto à céu aberto.

Vários moradores do local relataram ainda que as casas entregues a elas tinham diversos problemas de estrutura, como encanamentos defeituosos, problemas nas fossas de esgoto e nos telhados, e que tiveram que resolver por conta própria. Também foi citado o fato de que das 50 casas anunciadas na época, apenas 38 foram construídas, e que as pessoas que foram contempladas não têm nenhuma resposta ou previsão de quando serão entregues.

 

O que diz a prefeitura

Nossa reportagem entrou em contato com a Prefeitura de São Sepé para um posicionamento sobre os problemas relatados.

O Executivo Municipal informa que mais do que a expectativa de 50 casas e a entrega de 38, a obra teve um problema de atraso, e questões como esgoto e pavimentação também são pendencias que a Prefeitura está tentando resolver.

Com relação ao resíduo, desde o dia 1º de janeiro, o gerente do Escritório de Desenvolvimento, Pedro Renato, tem sido atento para que a área seja apenas depósito de galhos (há área atrás do loteamento) como é indicado pela licença ambiental.

Quanto ao chorume, a Prefeitura já tem uma pessoa trabalhando desde a reestruturação administrativa, fazendo a gestão do cemitério, para que o chorume não seja um fator de prejuízo para os moradores.

Com relação aos aviões e outras questões, a Prefeitura vai fazer os encaminhamentos para ver se geram problemas, e se geram problemas, como serão resolvidos.

Com relação à velocidade dos veículos, a Secretaria de Infraestrutura também irá dialogar com os motoristas para saber ver quais condutores estão fazendo aquele trânsito e como podem ser melhor desenvolvidas essas atividades sem que a velocidade atrapalhe os moradores.