Morador de São Sepé tira o sustento com cultivo de hortaliças

0
195
Foto: divulgação


 

Verduras orgânicas, fresquinhas a qualquer hora do dia e a preço muito justo podem ser encontradas em um terreno de esquina localizado no Bairro Lôndero, em São Sepé. É neste local que reside José Roque Nascimento Figueiredo, de 52 anos, conhecido por “Zé Roque”. E é desta pequena área que ele tira seu sustento.

No terreno de aproximadamente 300m² “Zé Roque” produz, principalmente, alface e tempero verde. “Aqui da de tudo, mas meu foco é alface e tempero verde, porque se tiver água e proteção contra o sol no verão, consigo produzir o ano inteiro, e tem boa saída”, relatou ele.

Foto: divulgação

“Zé Roque” é exemplo de sustentabilidade e convívio em harmonia com a natureza. Em seu terreno, além do cultivo de hortaliças, chás, árvores frutíferas e ornamentais, é visitado por uma grande variedade de animais silvestres, como: sapos, lagartos e vários tipos de pássaros que fazem ninhos nas várias árvores e casinhas que distribuiu pela propriedade.

“Os sapos e lagartos acabam me auxiliando no trabalho. Estão sempre caçando todo o tipo de inseto, e pude testemunhar que os lagartos se alimentam, também, de caracóis, que são daninhos as verduras. Os pássaros alegram e enfeitam o ambiente, as crianças do bairro, que antes andavam de “bodoque” para caçar, hoje vem para apreciar os passarinhos”, conta Zé Roque, com ar de satisfação pela troca saudável que faz com a natureza, e o bom convívio que tem com a vizinhança.

A Associação Vila Esperança (AVE), que tem como uma de suas finalidades incentivar ações sustentáveis, conforme um de seus representantes vem estudando programas de hortas comunitárias implantados em muitas cidades do Brasil, busca apoio para instituir programa semelhante no município. “Vemos no exemplo de Zé Roque base suficiente para solicitar junto a Câmara de Vereadores e o Poder Executivo Municipal a implantação do Programa Horta Comunitária no município de São Sepé”, informou Rodrigo Ferreira, membro da associação e idealizador do projeto.

De acordo com a minuta do projeto, as hortas comunitárias deverão ser feitas em áreas públicas municipais ou declaradas de utilidade pública e que ainda não são usadas, ou terrenos baldios cedidos pelo proprietário para este fim, mediante contrato de autorização para uso.

O poder público deverá entrar com suporte técnico. O cultivo deverá ser feito pelas associações de bairro ou grupos organizados que demonstrem interesse, e acompanhados pelo órgão competente da administração municipal.

 

 

Fonte: Associação Vila Esperança