Jovem que foi levada pelos assaltantes conta como foi a ação dos criminosos

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Moradores de São Sepé viveram momentos de pânico na madrugada deste sábado, 24. Enquanto ocorria o assalto às agências do Banco do Brasil e Sicredi dezenas de moradores próximos relatavam em tempo real o que estavam vendo e o barulho dos tiros e explosões que estavam ouvindo.

Durante o assalto um veículo ficou em frente ao quartel da Brigada Militar monitorando a ação dos policiais. Pessoas que passavam pela Praça das Mercês a pé ou de carro eram rendidas e obrigadas a servirem de “escudo humano” em frente às agências.

Em entrevista ao jornal Zero Hora, uma das jovens conta como foi ação dos criminosos. Depois de toda a ação, os assaltantes escolheram duas jovens para serem levadas como reféns. Elas foram colocadas em um dos carros com cinco ladrões. Segundo uma delas, desde o início do assalto até ser solta, ela ficou cerca de uma hora em posse dos assaltantes. A jovem conta que ela e o namorado estavam passeando de carro pelo centro quando foram surpreendidos pelos ladrões na rua, por volta da 1h.

“Vimos um cara armado, que fez sinal. A gente achou que era para seguir, e meu namorado avançou com o carro. Daí, o cara atirou contra o carro. Ele já estava com uma refém embaixo do braço. Descemos e eles nos mandaram ir para o cordão humano, que já estava sendo formado. Foi muito pânico. No início, ninguém sabia o que estava acontecendo”, conta a jovem.

A refém conta que ela e outra jovem foram escolhidas para servirem de proteção aos bandidos durante a fuga. Em outro veículo, dois assaltantes ficaram para fora, no teto solar, e atiravam para o alto durante a fuga da cidade. Segundo ela, no caminho até Caçapava do Sul, elas não foram agredidas nem tiveram armas apontadas para elas.

“Disseram que não era para a gente se preocupar, pois não queriam ferir ninguém. Era só como segurança e que iriam nos libertar. Não nos apontaram armas e foram educados”, relatou.

Elas foram soltas perto de um posto de combustíveis, entre São Sepé e Caçapava, e foram até o estabelecimento, onde conseguiram um celular emprestado para avisar as famílias de que estavam bem e de onde havia sido libertadas.

“Eu tentei me manter calma”, conta a jovem.

 

 

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* O Sepeense, com informações de Zero Hora