Hospital Caridade Astrogildo de Azevedo pode parar de atender pelo IPE.

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De acordo com a situação descrita, mais de 20 instituições hospitalares estão pressionando o Estado para revisar o modelo de remuneração vigente. O Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo, em Santa Maria, é uma das empresas envolvidas nesse impasse. Até o momento, o hospital continua a prestar atendimento aos usuários do plano, porém existe o risco de suspensão desses serviços. Caso isso ocorra, os beneficiários poderão ter que arcar com os custos dos procedimentos sem as reduções previstas ou recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS) para assistência médica. O futuro das operações do complexo hospitalar dependerá das decisões a serem tomadas pela Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul) em relação à continuidade da prestação desses serviços.

Mais da metade dos atendimentos realizados no complexo hospitalar é via IPE, diz o provedor Jobim Neto. São 56%, que representam mais de 10 mil pessoas. Se for decidido que não haverá mais atendimentos pelo IPE, a preocupação é com os recursos financeiros, já que grande parte do orçamento será comprometida. Um dos resultados pode representar a alteração no quadro funcional.

Para o provedor do complexo, Walter Jobim Neto, São mil e setecentos empregados que correm riscos. Estamos preocupadíssimos com os efeitos financeiros, afinal nós temos uma folha de pagamento para honrar todos os meses. E se tivermos menos atendimentos, poderemos ter menos profissionais. Se fecharmos unidades, não há como pagar por estes profissionais. Esperamos que uma melhorar proposta do Estado para que as coisas normalizem – complementa Jobim Neto.   

Reportagem de BIBIANA PINHEIRO/DIÁRIO SM