“Eles mandavam tapar os ouvidos”, conta refém de assalto a bancos em São Sepé

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Um dos reféns que virou “escudo humano” durante o assalto na madrugada deste sábado, 24, contou à reportagem de O Sepeense como tudo aconteceu. A vítima, que pediu para não ser identificada, disse que os criminosos mandavam as pessoas tapar os ouvidos antes de cada explosão.

“As pessoas iam chegando e os criminosos pegando elas de escudo. Ouvi uns seis estouros de dinamite no Sicredi”, conta um dos reféns.

A ação na primeira agência bancária terminou com um homem de 50 anos ferido. Ele tinha acabado de ir buscar a esposa que trabalha em um ônibus de lanches, bem ao lado do Banco do Brasil. A vítima, que não teve o nome divulgado pela Polícia, levou um tiro no braço esquerdo, mas está fora de perigo. O homem está internado no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM).

Ainda de acordo com um dos reféns, os bandidos teriam dito a seguinte frase após explodirem o Sicredi: “Vamos ver se nesse outro banco não tem dinheiro”, uma referência ao Banco do Brasil. Na sequência, segundo o refém, teriam ocorrido mais três explosões.

A vítima contou que os criminosos fugiram em pelo menos três veículos: um Astra branco, um Captiva e uma caminhonete. “Eles entraram no Captiva e saíram. Depois tinham mais outros criminosos na esquina da farmácia em um Astra branco. Eles estavam com três reféns, duas mulheres e um homem. Na sequência eles saíram atirando até o final da cidade. O terceiro carro passou atirando. Uma das balas atingiu o braço do marido da funcionária”, conta o refém.

Um dos reféns ainda informou à nossa reportagem que os criminosos teriam dito durante o assalto a seguinte frase: “o culpado de tudo isso é o governo de vocês”, porém teriam mandado os reféns ficarem tranquilos e que “nada iria acontecer com eles”.