São Sepé terá mobilização em defesa dos direitos das mulheres

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Foto: reprodução

Nesta sexta-feira, 8 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher. Em São Sepé, as atividades que estavam previstas para esta sexta e sábado aconteceriam em frente ao Centro Cultural, mas tiveram que ser adiadas em função da previsão de chuva.

A programação ficou transferidas para sábado, 23 de março, pela manhã e tarde. Estão previstas falas e intervenções artísticas sobre a temática do Dia Internacional das Mulheres, shows de bandas locais, cine debate com o filme “O sorriso da Monalisa”, que debate questões pertinentes sobre o papel da mulher na sociedade, intervenções artísticas e uma oficina de defesa pessoal. Toda a população sepeense está convidada para somar na atividade no dia.

Segundo Mariana Marques Sebastiany e Taiane Anhanha, umas das organizadoras das atividades, a iniciativa de construir algo no 8 de março, Dia Internacional de Lutas das Mulheres, em São Sepé, “vem de um grupo diverso de mulheres, homens, jovens, pessoas mais velhas, trabalhadoras e trabalhadores, estudantes, etc, que entendem que, além de uma data histórica fundamental de resistência, ela se dá em uma conjuntura difícil do país, em que precisamos defender nossa democracia, nossos direitos, nossa diversidade e nossas vidas”.

O grupo entende que é preciso aproveitar o simbolismo da data para discutir com a população sepeense esse contexto. denunciando questões que afetam a vida das mulheres e do restante da população brasileira. Elas citam como importantes pautas prioritárias a reforma da previdência e a violência contra a mulher, bandeiras do movimento feminista em nível nacional para este 8 de março.

“A primeira porque a ideia de que a previdência está quebrada é uma mentira. Além disso, se aprovada a reforma, as mulheres serão as mais afetadas, já que terão que trabalhar 40 anos para receberem o salário integral, sendo que a idade mínima será igualada a dos homens para se aposentarem – o que desconsidera todo o trabalho em casa que já realizam durante toda a sua vida, que se não se dá de forma igual para os homens”, destacam umas das organizadoras.

“Pautamos a violência contra as mulheres porque queremos as mulheres vivas e vivas sem sofrerem nenhum tipo de violência, já que podem se dar de distintas formas, não só fisicamente. Precisamos combater uma realidade que nos coloca como o 5º país que mais mata mulheres no mundo. Até 3 de fevereiro de 2019, já havíamos registrado 193 casos de feminicídio”, destacam.

De acordo com o grupo, a luta é prioritariamente pela previdência pública, pelo direito às mulheres à aposentadoria. “Bem como para que a sociedade “meta a colher” em violências contra as mulheres e por políticas públicas de combate às mesmas. Pretendemos seguir organizadas e organizados, porque o tempo em que vivemos nos exige isso”, concluem.

Uma página do evento foi criada no Facebook. Para acessar clique aqui.