Da sucata ele faz arte: conheça a história de Chiquinho Neves

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Quem nunca se perguntou o que fazer com aquela guarda de cama antiga, resto de ferro, ou qualquer outro objeto de metal ou ferro que está ocupando espaço em casa? Para Anderson Correia Neves, popularmente conhecido como Chiquinho Neves, esses matérias têm destino certo. Com restos de ferro, que muitos consideram entulho ou sucata, Chiquinho faz bancos, churrasqueiras, maquetes, horta e até troféus.

Com sobras de materiais de seus trabalhos, o serralheiro faz objetos de decoração e arte. O que antes era hobby passou a ser mais uma fonte de renda. Chiquinho conta que tudo começou por pura curiosidade. Ele trabalhou por duas décadas em uma empresa que fabricava portas e janelas de ferro. Lá, ele aprendeu a manusear as máquinas e descobriu que tinha um dom. “Um dia eu estava em casa, sentado, e pensando no que fazer para passar o tempo, foi então que eu vi uma guarda de cama de ferro antiga e fiz um banco. Desde então, comecei a construir objetos com restos de materiais de meus trabalhos”, relata com orgulho.

Neves trabalha sozinho há cinco anos e faz todo tipo de serviço com ferros, carrocerias de caminhão, portas, janelas, cadeiras, bancos, maquetes e objetos de decoração.

Exigente, dedicado, criterioso, detalhista, habilidoso, criativo e organizado, Chiquinho já produziu troféus de rodeio e do carnaval municipal e, também, os anjos que enfeitaram a praça das Mercês no natal 2016. Tudo com sucata. O artista conta que todo material pode ser reaproveitado, Globo de luz, pedaços de ferros, latas, restos de churrasqueiras, geladeira, máquina de lavar e peças de ferro.

Além de criatividade, Chiquinho tem também muita força de vontade. Segundo ele, é preciso determinação, fé, humildade e persistência para conquistar os objetivos. Durante a entrevista, Chiquinho revelou que seu maior sonho é participar do quadro “mandando bem” do programa global Caldeirão do Huck. Ele enxerga que o programa é uma oportunidade dele expandir seus negócios e, também, trabalhar melhor, pois sua oficina funciona ao ar livre, em dias de chuva ele conta que é impossível trabalhar.

Mesmo com as dificuldades do dia a dia, ele leva a vida com um sorriso no rosto, e afirma que é feliz pelo fato de trabalhar com o que ama. “Todos os dias acordo às 5h30min, arrumo tudo e começo a trabalhar, mas trabalho feliz, eu gosto de fazer isso, afinal, quem quer fazer alguma coisa acha jeito”, relata.

Junto com a satisfação em fazer o que gosta, Chiquinho também presa pela confiança de seus clientes. As encomendas devem ser feitas, no mínimo, com dois meses de antecedência, para que o artista consiga fazer tudo conforme os gostos do cliente.

Nas horas de lazer, Neves se divide entre cuidar da família e fazer coisas para casa. Com um casco de geladeira e uma máquina de lavar roupas, ele construiu uma horta de temperos e uma churrasqueira com mesa auxiliar.

Chiquinho revela que aprendeu muito nas dificuldades, após a morte da sua mãe, ele se dedica a cuidar do pai que é cego junto com a esposa. Mesmo com todas adversidades, o artista tem esperança e acredita que o trabalho, o amor e a união superam qualquer obstáculo.

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