Caçapava do Sul ganhará fábrica de calçamento em presídio

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O prefeito de Caçapava do Sul, Giovani Amestoy, se reuniu na sexta-feira, 5, com Anne Stock, responsável pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe); com a juíza Paula Maurícia Brun; o promotor de Justiça Diogo Taborda; o diretor do Presídio Estadual de Caçapava do Sul Daniel Aquino e com membros do Conselho da Comunidade para tratar da parceria entre Prefeitura, Judiciário e Susepe.

O motivo da reunião foi para tratar de um convênio para a instalação de uma fábrica de calçamento dentro do Presídio Estadual de Caçapava do Sul, usando mão de obra de apenados, conforme projeto de Amestoy.

“Os apenados do regime fechado poderiam trabalhar dentro do Presídio, na fabricação do calçamento, enquanto os do regime semiaberto prestariam o serviço de colocação deste calçamento. Seria uma forma de ressocializá-los e deles colaborarem para o município e para suas famílias, construindo o calçamento de bairros e vilas”, disse o prefeito.

Stock citou os mais de 36 mil presos espalhados pelos mais de 140 presídios em todo Estado, sendo 7 mil novos detentos somente em 2017, e da importância de inseri-los na sociedade, dando oportunidades como esta que será implantada em Caçapava: “Eles sairão do presídio ao cumprirem suas penas. Isto é certo. E, se saírem como cidadãos, com perspectiva e alguma formação profissional, certamente serão melhores dos que foram apenas abandonados pelo sistema”, falou.

“Pela experiência que temos de presos trabalhando em regime semiaberto, não há registros de problemas de comportamento ou de que eles usem do material de trabalho para atentarem contra o outro”, salientou a superintendente, que citou exemplo de outros municípios que têm parceria com o sistema prisional.

Aquino mencionou que nove presos estão em regime semiaberto no município e em busca de emprego, mas que encontram dificuldades em se inserirem no mercado de trabalho.

“Recebemos semanalmente pedidos de oportunidades de emprego dos apenados. Já tentamos parcerias com empresas, mas encontramos algumas dificuldades em colocá-los no mercado de trabalho. Eles estão em busca de oportunidades, então precisamos identificar estas chances de realoca-los socialmente”, salientou a juíza.

Para o promotor de Justiça, além de proporcionar uma profissão e o direito de reconquistar seu espaço, o trabalho proporciona ao detento sustento, dignidade, disciplina e responsabilidade.

Na próxima semana, o Conselho da Comunidade deve se reunir com o prefeito para a entrega da documentação necessária para a celebração do convênio e para o levantamento de orçamento do maquinário que será comprado pelo Judiciário através da Verba da VEC, assim como também da reforma de espaço, dentro do presídio, para a instalação da empresa de calçamento.

 

 

Fonte: A.I. Prefeitura de Caçapava do Sul