Dois mil brasileiros estão do grupo de pessoas que fará parte de testes de eficácia de uma vacina contra o coronavírus sars-cov-2 desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra. A estratégia faz parte de um plano de desenvolvimento global, e o Brasil será o primeiro país fora do Reino Unido a começar a testar a eficácia da imunização contra o vírus.
Em São Paulo, os testes serão conduzidos pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A Fundação Lemann irá custear toda a infraestrutura médica e de equipamentos.
Coordenadora do núcleo da Unifesp que comandará a pesquisa, o Crie, a especialista Lily Yin Weckx diz que “o mais importante é realizar essa etapa do estudo agora, quando a curva epidemiológica ainda é ascendente e os resultados poderão ser mais assertivos”.
Os procedimentos no Brasil devem começar ainda em junho. A autorização para que os testes fossem feitos foi publicada na última terça-feira, 2, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com apoio do Ministério da Saúde.
Outros países estão em fase de análise para participação. Os resultados das amostragens serão fundamentais para o registro da vacina no Reino Unido, o que está previsto para ocorrer no final deste ano. O registro formal deverá ocorrer somente após a finalização dos estudos em todos os países participantes.
As doses foram desenvolvidas pela empresa italiana Advent-IRBM, de Pomezia, nos arredores de Roma. A Universidade de Oxford tem um acordo com a multinacional sueco-britânica AstraZeneca para a fabricação e distribuição da vacina em nível mundial.
Fonte: GaúchaZH