Adriana Aires

Por um mundo com menos preconceitos e mais amor
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O mês de novembro chegou e com ele mais uma denúncia de racismo vira notícia nacional. Desta vez, a atriz Taís Araújo sofreu ofensas em sua página na web, para quem não lembra, ainda em julho, a vítima foi a garota do tempo do Jornal Nacional, Maria Júlia Coutinho, a Maju.

Estes são, infelizmente, apenas alguns dos casos que ficamos sabendo, são famosas e com toda razão devem denunciar. Porém, penso nas inúmeras pessoas que sofrem preconceitos e as mais intensas humilhações e que ninguém tem conhecimento ou finge não perceber.

O discurso que escuto desde muito tempo é que não existe mais racismo, que isso é coisa do passado e que a maioria dos negros querem se vitimizar. Que bom que tudo isso fosse verdade e que o preconceito realmente fizesse parte de um tempo longínquo. Seria esplêndido que não escutássemos que alguém foi procurar por um emprego e que só não conseguiu a vaga porque teria que ser mais claro; muito interessante seria ligar a TV e não ver uma modelo negra ser hostilizada por ter ganho um concurso de miss e também seria bastante confortável olhar jogos de futebol e não ver os jogadores terem que ouvir barbáries pela cor de sua pele.

É mais fácil fechar os olhos e fingir que nada acontece, pois o mundo gira e logo a tempestade passa. Mas a tempestade só passa para quem a provoca, porque para quem sofre as consequências dela, as cicatrizes são profundas.

Taís Araújo falou uma coisa que concordo em gênero, número e grau: o quanto é triste ver em 2015, em pleno século XXI, cenas como estas de racismo e ainda praticadas por pessoas que se escondem por trás de perfis na internet.

E ainda disse: “Qualquer forma de preconceito é cafona e criminosa”, verdade, pena que ainda convivemos com estes tipos de pensamentos em uma sociedade que se julga tão evoluída.

Quão maravilhoso seria se ninguém sofresse por ser diferente. Neste mês que celebra a consciência negra, que haja a consciência da irmandade.

Que negros, brancos, índios, cafuzos e mamelucos possam viver harmonicamente e que episódios como estes não se repitam. Todos têm direito à vida, ao respeito e ao amor.

Bob Marley já dizia: “Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho nos olhos, haverá guerra”. Então, cabe a nós lutarmos para que esta guerra acabe e que todos possamos semear a paz.

A luta já começou e o objetivo maior é um mundo com menos preconceito e mais amor!

#somostodosnalutapelobem#