57 óbitos por dengue em 2024 coloca Secretaria Estadual da Saúde em estado de emergência.

0
71

A situação da dengue no Rio Grande do Sul atingiu um patamar alarmante nos primeiros quatro meses de 2024, com um registro preocupante de 57 óbitos. Esse número ultrapassa o total de mortes registradas durante todo o ano de 2023, que fechou com 54 vítimas da doença. Esse aumento significativo no número de óbitos reflete a gravidade da situação e a necessidade urgente de medidas de controle e prevenção mais eficazes contra a dengue.

A faixa etária mais afetada, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, é a de pessoas entre 70 a 79 anos, especialmente aquelas que possuem comorbidades. Isso evidencia a vulnerabilidade de grupos específicos da população ao vírus da dengue, ressaltando a importância de estratégias de saúde pública que priorizem a proteção desses indivíduos mais suscetíveis. A presença de comorbidades pode agravar o quadro clínico da dengue, levando a complicações que, infelizmente, resultam em óbitos.

Diante desse cenário crítico, é imperativo que haja um esforço conjunto entre autoridades de saúde, comunidade e instituições para intensificar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, e promover a conscientização sobre a importância da prevenção. Isso inclui desde medidas simples, como evitar o acúmulo de água parada, até a implementação de políticas de saúde pública mais robustas, que garantam o acesso a informações, recursos e cuidados médicos adequados para a população. A luta contra a dengue demanda uma abordagem multifacetada, que combine vigilância epidemiológica, educação em saúde e mobilização comunitária, para que possamos reverter esse panorama preocupante e proteger a saúde da população gaúcha.

Até o momento, o estado emitiu um total de 89.730 notificações de possíveis casos da doença. Essa cifra revela a magnitude do desafio que as autoridades de saúde pública e a população estão enfrentando. Deste número alarmante, 47.343 casos foram confirmados, evidenciando a presença significativa do vírus e a sua rápida disseminação entre os habitantes.

Por outro lado, 20.833 casos foram descartados após investigações e exames mais detalhados, mostrando que nem todas as notificações se convertem em diagnósticos confirmados da doença. Esse processo de verificação é crucial para entender a dinâmica da doença no estado e para direcionar de forma mais eficiente os recursos e estratégias de combate à dengue. Ainda assim, a existência de 21.134 casos que seguem em investigação destaca a contínua demanda por vigilância, diagnóstico e tratamento adequado para aqueles que são afetados.

O cenário exige uma resposta coordenada das autoridades de saúde, da comunidade médica e da população em geral. Ações de prevenção, como a eliminação de água parada que serve de criadouro para o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, são fundamentais. Além disso, a conscientização sobre os sintomas da doença e a importância de procurar atendimento médico ao primeiro sinal de infecção são essenciais para controlar a disseminação da dengue. O combate à dengue no Rio Grande do Sul, assim como em outras regiões, requer um esforço conjunto e contínuo de toda a sociedade.