11 anos da tragédia que parou o Brasil

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A madrugada de 27/01 relembrou a maior tragédia do Brasil, antes das 21 horas, as primeiras pessoas chegavam à tenda em homenagem às vítimas da boate Kiss, na Praça Saldanha Marinho. Para Santa Maria, mais uma ano de lembranças e dor. São 11 anos, desde a tragédia que vitimou 242 pessoas e deixou 636 sobreviventes. A vigília aguardou até as 23h, quando cerca de 100 pessoas caminharam em direção ao prédio da boate, na Rua dos Andradas, usando máscaras com dizeres que lembram a dor e a saudade dos que se foram. 

O grupo não demorou a chegar em frente ao local, que é simbólico. Na fachada do prédio, penduraram as máscaras que traziam em seus rostos. É possível ler as mensagens assim que se aproxima, pelos refletores vermelhos apontados diretamente para elas. A intervenção foi planejada pela Associação de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM). 

O Coletivo de psicanálise de Santa Maria distribuiu pares de sapatos e flores para cada um dos presentes. Em dois minutos, a frente da boate estava transformada com estes novos itens. 

Às 2h30min deste sábado, momento em que se iniciou o incêndio na boate em 27 de janeiro de 2013, começaram a ser lidos os nomes das 242 vítimas. Enquanto isto, silêncio. Depois, palmas. Um minuto de barulho para lembrar do que nunca pode ser esquecido. O presidente da AVTSM, Gabriel Rovadoschi Barros, salientou estes momentos como importantes para fortalecer o grupo: 

Haverá silêncio em outros pontos da cidade neste final de semana. Conforme pedido pela associação, pelo menos 15 estabelecimentos não irão abrir em um dos dias deste final de semana, entre bares e casas noturnas, em homenagem à data. 

Por Bibiane Pinheiro/Diário SM

Fotos. Nathália Schneider