Obra milionária de recuperação da BR 392 já precisa de reparos

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Foto: arquivo/O Sepeense

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Se você é um dos usuários constantes do trecho da BR 392 entre São Sepé e Santa Maria provavelmente tenha ficado bastante feliz há pouco mais de um ano quando equipes começaram um trabalho de recapagem total da pista. O projeto do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), nomeado Crema 1, foi aplicado em dezenas de rodovias do Rio Grande do Sul e, no caso da BR 392, deixou aos motoristas um novo asfalto junto a pintura e sinalização. O trecho de aproximadamente 50km, entretanto, já precisou receber novas ações após poucos meses de uso.  A reportagem do “Osepeense.com” percorreu parte do estrada para acompanhar o relato de condutores de que a pista até então nova, hoje se resume a trechos remendados e asfalto deformado por veículos pesados.

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De acordo com documentos do órgão emitidos em 2008, os valores investidos seriam de aproximadamente R$ 750 milhões. O Crema 1 seria uma das duas etapas previstas para as rodovias e tinha duração de dois anos. Mas as obras que foram licitadas em outubro de 2008 ainda não foram finalizadas em meados de 2015.

Em resposta à alguns questionamentos feitos por nossa reportagem, o órgão informou que a ação engloba serviços de manutenção do pavimento e conservação da faixa de domínio. O trabalho realizado até então seria na parte mais superficial da pista, diferente do que os previstos no Crema 2, a próxima etapa. O processo de recapagem ainda beneficiou alguns municípios da região – a exemplo de São Sepé – com a destinação do chamado “resíduo asfáltico” para aplicação nas ruas das cidades.

Os trabalhos são realizados por uma empresa terceirizada com contratos feitos a partir de pregão eletrônico. O DNIT ainda destaca que o Crema 2 deve ser licitado até março deste ano. Não foi informado, no entanto, qual o valor exato investido no trecho entre São Sepé e Santa Maria.

Ainda de acordo com documentos acessados, o Crema 2 tinha – em 2008 – a previsão de investir  R$ 1,4 bilhões. Mesmo com o atraso, equipes tem feito reparos na via ao longo das últimas semanas para minimizar os danos. Outro fator que pode ter colaborado para o estado de conservação da BR 392 foi o fechamento da balança de pesagem de veículos de carga, ocorrido ainda em 2014.

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