A exportação brasileira de uva fechou em queda nos três primeiros trimestres de 2024, em comparação com o mesmo intervalo de 2023.
De acordo com dados oficiais do Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio do Ministério da Agricultura e Pecuária (AgroStat/Mapa), disponibilizados pela Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), houve uma redução de 48,79% no valor e de 54,32% no volume exportado pela viticultura nacional.
Entre janeiro e setembro de 2023, a exportação de 20 mil toneladas de uvas movimentou R$ 53,5 milhões, contra nove mil toneladas e R$ 27,3 milhões nos três primeiros trimestres de 2024.
A baixa é atribuída ao excesso de chuvas, que afetou a disponibilidade da fruta para o comércio exterior.
Impactado por El Niño, o Rio Grande do Sul enfrentou uma quebra de safra de 26,98%, considerando a oferta de variedades viníferas, americanas e híbridas. De acordo com a Embrapa, o estado é responsável por mais de 50% da produção de uvas no país.
Mangas e limões
No Brasil, de janeiro a setembro de 2024, o valor das exportações de frutas aumentou 8,51% em relação ao mesmo período de 2023, enquanto o volume exportado caiu 3,34%. Mangas e limões ofereceram os melhores resultados.
O valor total das exportações de mangas cresceu 46,19%. Apesar do crescimento expressivo em valor, o volume de mangas exportado teve uma ligeira queda de 0,16%. “O fenômeno reflete o aumento no preço internacional da fruta, compensando a leve diminuição no volume devido às condições climáticas que afetaram a colheita”, avalia a Abrafrutas.