Valdiocir Bolzan

Tipos populares: Josefa e Juvencia
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Josefa

Pouca coisa pode-se comentar sobre esta desequilibrada mental. Sabia-se que ela muito incomodava os moradores da Vila com o barulho que fazia muito cedo.

Ao clarear do dia, quando todos ainda dormiam o gostoso sono da madrugada, eram despertados pelo aquele barulho infernal que ela produzia batendo com um pau em uma lata de querosene, isto na frente das casas. Os maiores enfeites dela eram penas de avestruz na cabeça, dizendo que aquilo era a última moda dos figurinos.

Ignoramos completamente o seu destino final.

 

Juvencia

Esta infeliz mulher quando pela primeira vez que aqui apareceu, andava indagando à todos se podiam informar-lhe a entrada para chegar a São Sepé.

Ela vinha a pé do Cerrito do Ouro, não se sabendo se foi naquele distrito o seu lugar de nascimento. A Juvência era o noticiário mais rápido que tinha na Vila. O seu ponto de parada era na Praça das Mercês. Ela ficava aproximadamente meia hora num canto da praça e o mesmo horário nos outros cantos.

Nesses locais ela explicava aos transeuntes todos os acontecimentos do dia. Sabia quem chegava e quem  saia, isso com muita  precisão. Como toda a pessoa maluca, não escapou de apelidos grotescos, sendo o principal o de (Vaca), e quando assim era chamada, o atrevido que a provocava tinha que disparar porque infalivelmente seria atingido por uma saraivada de pedradas, acompanhada de desaforos.

 


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