Alunos da turma 15 do Colégio Estadual São Sepé (CESS), coordenados pela professora Adriana Aires, apresentaram um trabalho em libras e se emocionaram com a atividade realizada na última semana na disciplina de Literatura.
Conforme a professora idealizadora do trabalho, a turma conta com uma aluna Rayssa Padilha, que tem surdez, e todos os outros colegas são ouvintes. Com isso, surgiu a ideia de que fosse apresentado um trabalho de forma igualitária, para que todos pudessem vivenciar o aprendizado.
Muitos alunos são de regiões periféricas da cidade e estudaram nas escolas Clemenciano Barnasque e Valmarath e parte deles já tinha contato com Libras. “Alguns dos estudantes vieram da Escola Valmarath com ela e outros nunca tiveram contato com Libras. Propus e todos aceitaram”, conta Adriana.
A professora então propôs que a música a Flor e o Beija-Flor, com coreografia de Yasmin Manteiga, fosse apresentada em Libras. Segundo ela, isso traduz a emoção e esta simbiose da flor com o beija-flor, em que um necessita do outro para benefício de ambos.
“Eles estudaram a coreografia e apresentaram tudo em Libras. Foi emocionante”, declara Adriana. Dentro da disciplina de Literatura, a iniciativa faz parte dos estudos do gênero Lírico.
“Acredito que assim somos nós, os humanos, precisamos aprender uns com os outros para progredirmos.
A turma apresentou tudo em Libras! Parabéns e orgulhosa que todos aceitaram este desafio, estudaram nas férias, e vivenciaram junto à colega a sua linguagem”, escreveu a professora no Facebook.
A estudante Camille Padilha comenta a participação no trabalho. “O trabalho foi bem legal de fazer, até porque eu já tinha feito um semelhante, só que com outra música. Ver os meus colegas que nunca tinham sequer um contato com alguém com deficiência auditiva fazendo uma música toda em libras foi extremamente importante para mim e para os colegas que acompanham a Rayssa por muito tempo. Espero que a professora Adriana faça isso com mais escolas, porque com certeza eles vão pensar o quão difícil é para as pessoas com deficiência auditiva se comunicarem com a gente e vão procurar cada vez mais tentar ter uma comunicação. Trabalhos sobre inclusão social sempre vão ser bem vindos para a minha turma e eu espero se seja para as outras turmas também.
E como a frase no final do trabalho diz: ‘É preciso substituir um pensamento que isola e separa, por um pensamento que distingue e une'”, comenta.
Quem compartilha do mesmo sentimento é o estudante Johony Elvis Silva da Rosa. “Para mim foi muito bom participar, aprendi bastante coisa, foi bem gratificante e achei muito bom esse trabalho que a professora Adriana nos deu, ensinou muita coisa e ajudou bastante para nossa interação com a Rayssa. Esse trabalho fez meio do que nós entrar um pouco no mundo das pessoas que tem deficiência, resumindo, me senti muito bem fazendo esse trabalho, espero que tenham mais trabalhos assim e não só com o CESS, com as outras escolas também”, comenta.
O vídeo já conta com mais de 300 curtidas, 100 comentários e tem sido compartilhado por muitas pessoas no Facebook, com mais de 2 mil visualizações. Para assistir o vídeo clique aqui.
