Tribunal do Júri julga caso de tentativa de homicídio nesta terça-feira

0
111


O tribunal do júri julga um homem acusado de homicídio tentado nesta terça-feira, 20, em São Sepé. A sessão presidida pelo juiz de direito Thiago Tristão Lima começou por volta das 10h15min.

Irineu dos Santos Xavier é acusado de desferir golpes de faca pelas costas da vítima Isaias Dias Rodrigues.O crime aconteceu em 2015, no município de Vila Nova do Sul.

A acusação sustenta que a conduta do réu dificultou a defesa e que o resultado morte não se consolidou apenas porque a Brigada Militar socorreu o homem. Após o sorteio dos sete jurados a vítima foi a primeira a ser ouvida.

Rodrigues disse que chegou para comprar cigarro no dia do fato. Ele estava sentado, de frente para o balcão, quando o réu, Irineu, chegou no estabelecimento e desferiu golpes de faca pelas suas costas. O homem agredido relatou que num primeiro momento não conseguia fugir, mas depois conseguiu sair para fora do bar e desmaiou.

Ele também alegou que não conhecia o autor da agressão e nunca teve nenhuma discussão com ele. A vítima mostrou aos jurados cicatrizes de cortes nas costas,  pescoço e no braço esquerdo. Disse ainda que perdeu quase por completo os movimentos da mão esquerda.

Em seu depoimento, o réu Irineu disse que os fatos imputados a ele não são verdadeiros. Alegou que se sentia ameaçado e, na sua versão, a vítima teria lhe apontado o dedo e passado a mão em um taco de sinuca. Ele reconheceu que pegou a faca que estava na mochila e atingiu Isaias. O réu destacou que não queria machucar e negou que tenha resistido a abordagem da polícia. O réu sabia que a vítima tinha matado outra pessoa em outra oportunidade e que um amigo tinha dito ao réu que a vítima havia “prometido” pra ele, que teria dito “te cuida do fulano”.

Por volta das 11h15min o Ministério Público assumiu os trabalhos. A Promotora apontou os fatos e mostrou a faca que teria sido usada no crime, apreendida na época pela polícia. O MP sustenta que há dois delitos no mesmo fato: crime doloso contra a vida e resistência à abordagem policial.

A defesa deve se pronunciar nas próximas horas e a sessão não tem horário para ser encerrada.