Autoridades, empresários e jovens debatem situação da Avenida Getúlio Vargas

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Um encontro entre autoridades municipais e de segurança pública, empresários e jovens, voltou a debater a situação enfrentada na avenida Getúlio Vargas, principal via de acesso ao município de São Sepé. Durante a reunião desta terça-feira, 5, o grupo – embora com distintas opiniões – concluiu que o tema é complexo, mas também indispensável quando se fala em segurança pública e em nome do bem comum. Algumas novas medidas também devem ser confirmadas pelo poder público nos próximos dias.

O Delegado Antônio Firmino, que propôs a restrição do estacionamento em determinados horários como medida de dar mais vazão ao trânsito, disse que as autoridades não podiam ficar inertes frente aos casos que vinham sendo registrados no ponto. “Infelizmente, junto de pessoas do bem, que estão querendo apenas uma diversão, há aquelas mal intencionadas que se utilizam de espaços como este para disseminar a criminalidade, seja por tráfico de drogas, atitudes envolvendo menores ou com ações violentas. É uma realidade que nós que trabalhamos com isso temos plena certeza que não se resolve com medidas brandas”, disse Firmino.

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Outro tema bastante comentado, em especial o um grupo de jovens que participou do encontro, foi a necessidade da Brigada Militar controlar os excessos no ponto. No entanto, a sugestão esbarrou em outro problema que rompe as barreiras do município e até mesmo do estado: a falta de efetivo policial nas cidades. “A Brigada Militar faz o que pode no município, mas realmente não podemos destacar soldados somente para controlar aquele trecho, enquanto a cidade fica desguarnecida”, frisou o Sargento Acosta. O prefeito do município, Léo Girardello, lembrou dos pedidos e listagem de policiais com interesse em atuar na cidade, encaminhadas para o Governo do Estado e sem respostas até o momento. Alguns vereadores também opinaram sobre como a medida pode provocar menos impacto, principalmente, aos comerciantes.

Os empresários locais disseram entender a situação, mas pediram atenção quanto a importância de manterem seus negócios em atividade. “Sou morador do local e já vi coisas que vocês não tem ideia, mas o que pedimos é que nos seja dada a possibilidade de trabalhar”, salientou o proprietário de uma fruteira na avenida. O proprietário de um bar, também nas margens da rua, destacou que algumas vezes tentava conter o volume do som nos veículos. “Entendemos que é uma questão de educação que não se muda da noite para o dia e ao mesmo tempo queremos espaço para fazer nosso comércio”, revelou.

O grupo deixou como sugestão a criação de pontos de carga e descarga, estipulando um tempo de permanência de veículos em frente aos locais. Também deve ser planejada uma campanha de conscientização quanto ao comportamento tanto no trânsito quanto nas vias públicas.

Já o prefeito do município disse que a medida, apesar de extrema, provocou o debate, já que o assunto era corriqueiro nos pedidos encaminhados ao executivo. “Não é fácil tomar uma decisão que implica na vida de uma comunidade inteira, e não vamos fazer isto isoladamente. Não estamos felizes de tomar nenhuma decisão destas, mas o poder público não pode ficar parado frente estas questões, mais ainda quando envolve a segurança dos próprios jovens”, destacou.

 

 

 

Guilherme Motta