Após ver homem resgatado de trabalho escravo, sepeense de 81 anos reencontra irmão

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Uma sepeense que não via o irmão há quase 20 anos teve um reencontro feliz no último domingo, 21, na cidade de Rio Pardo. Segundo o jornal Gazeta do Sul, aos 67 anos, Pedro Haas Lacerda começa a escrever um novo capítulo para sua vida.

Sobrevivendo em condições subumanas em uma fazenda no interior de Rio Pardo há quase 30 anos, o homem franzino teve a chance de abraçar uma irmã que jamais conhecera a não ser pelas histórias que o falecido pai contava. Na tarde chuvosa do último domingo, Maria Haas Lacerda, de 81 anos, enfrentou a estrada barrenta da localidade de João Rodrigues para ver seu único irmão ainda vivo e atestar uma história digna de roteiro cinematográfico.

Até 17 anos atrás, Maria ainda era conhecida como Júlia em São Sepé, cidade onde mora com a filha, os netos e os bisnetos. No entanto, os anos nunca apagaram a lembrança do dia em que foi raptada de seus pais na barranca no Rio Jacuí por um casal de pescadores.

Incentivada pelos familiares, há quase duas décadas viajou ao Vale do Rio Pardo atrás de suas origens e descobriu, no cartório da cidade, que suas memórias não eram utopia. Ela é a irmã mais velha dos sete filhos de Amadelino Ramão Lacerda Lopes e Ana Haas.

O encontro foi possível após a publicação da história de Pedro no Correio do Povo na semana passada, sobre o resgate do homem em um trabalho escravo. A possibilidade do parentesco foi levantada em função do sobrenome em comum, observada por um colega de trabalho de Juliano Lacerda Rosa, neto de Maria.

“Logo vimos que não poderia ser só coincidência e nos mobilizamos para tornar esse momento possível”, conta.

Juliano levou a avó a Rio Pardo no domingo, juntamente com o irmão José Valdech e a mãe Eva Lúcia Lacerda da Rosa.

 

Confira imagens de como era a vida do homem:

 

Com informações,

Jornal Gazeta do Sul – Foto: Lula Helfer