Secretaria de Saúde investiga casos de infecção após duas mortes em Santa Maria

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Após as mortes de duas crianças em Santa Maria, na região central do Estado, no domingo, 22, e na segunda-feira, 23, mais pessoas procuraram atendimento médico entre terça, 24, e quarta-feira, 25, com sintomas semelhantes aos das vítimas: dor intestinal, vômito e diarreia. Conforme o secretário de Saúde do município, Francisco Harrisson de Souza, a suspeita é de que uma bactéria esteja causando o surto. A reportagem é do Diário de Santa Maria.

“Estamos tentando isolá-la por meio das fezes de algum paciente para análise laboratorial. Só assim teremos certeza do que se trata e poderemos aplicar a medicação adequada”, explica.

O secretário descarta, inicialmente, que a transmissão esteja acontecendo pela água ou pelo ar. A principal hipótese é fecal-oral, quando se leva à boca fezes de alguém infectado ao consumir, por exemplo, alimentos mal lavados.

“Não há motivo para alarde. A orientação é seguir a rotina normalmente. É preciso ter atenção, porém, se apresentar dor abdominal, diarreia ou vômito. Nesse caso, recomendamos procurar atendimento médico. Todas as nossas equipes estão orientadas sobre como proceder”, alerta o secretário.

Harrisson disse, ainda, que os novos pacientes não tiveram contato com as crianças de três e cinco anos que morreram, ambas estudantes de colégio da rede Sesi para Educação Infantil. Pais de alunos matriculados na instituição informaram que foi realizada uma festa no dia 14, um sábado, quando o município registrou atendimentos ambulatoriais relacionados a infecções intestinais.

As vigilâncias sanitárias municipal e estadual irão à escola na quinta-feira, 26, para fazer coletas no local, que está fechado devido ao recesso escolar. Apesar de sintomas como dor abdominal, vômito e diarreia serem relativamente comuns em crianças, o que chama atenção das autoridades de saúde de Santa Maria é a agressividade da bactéria que pode ser a causadora das infecções.

“Provavelmente estamos diante de uma bactéria que produz uma toxina com agressividade muito grande, que debilita o organismo e pode levar à morte”, finaliza o secretário.

 

 

Fonte: Diário de Santa Maria