Saiba “Por Onde Anda” o sepeense Yuri Gazen

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O convidado de hoje do quadro “Por Onde Anda, Sepeense?” é o sepeense Yuri Gazen.

“O Sepeense” lembra que este espaço vale também para aqueles e aquelas que não nasceram em São Sepé, mas que de uma forma ou de outra possuem ligações com o município, e se sentem sepeenses de coração.

 


Trajetória

Dizer que saí de São Sepé na verdade é até um pouco estranho, pois, mesmo não morando há quase 10 anos, ainda visito constantemente a cidade.

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Em 2006, fui aprovado no curso de Engenharia Elétrica na UFSM, sendo que em maio deste ano me mudei para Santa Maria onde passei a dividir apartamento com amigos de São Sepé até o último semestre da faculdade. Neste meio tempo, iniciei e concluí o curso Técnico em Eletrotécnica no CTISM/UFSM.

Acabei saindo de Santa Maria no final de 2010, para realizar meu estágio de conclusão da graduação na empresa WEG, em Jaraguá do Sul/SC. Neste mesmo ano, tive a felicidade de ser aprovado em Concurso Público para trabalhar na Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT). Sei que parece estranho para algumas pessoas, mas, apesar da privatização ocorrida em 1997, a CEEE ainda existe e hoje posiciona-se como a sexta maior empresa do Rio Grande do Sul.

Assumi o cargo de engenheiro na CEEE no início de 2011 e, desde então, moro em Porto Alegre com minha família.

 

O que lhe motivou a sair de São Sepé?

Num primeiro momento, a faculdade em tempo integral em Santa Maria tornava necessário que eu lá morasse. Após a conclusão da graduação, sendo chamado para o concurso, não restou alternativa senão morar em Porto Alegre.

Porém, mesmo que não houvesse a opção pelo concurso, certamente eu teria que sair de São Sepé em busca de melhores oportunidades, pois, a meu ver, o município já dispõe de engenheiros qualificados que atendem as demandas do município. Outro fator que influencia essa saída é que o mercado de trabalho para engenheiros é mais atrativo nos grandes centros urbanos e em locais com atividade industrial mais desenvolvida.

 

Quantas vezes ao ano vem a São Sepé? Do que sente saudades?

Sempre que posso visito minha terra natal. Nestes dois últimos anos, em virtude de estar realizando mestrado na UFSM, estive na cidade quase que quinzenalmente. Infelizmente, estas visitas eram curtas e só havia tempo para ver minha família basicamente. Quando vou com mais tempo aproveito para encontrar os amigos e tomar a cerveja do Simon, a mais gelada.

Certamente sinto saudade de São Sepé, principalmente das pessoas daí, que são o maior dentre todos os valores que a cidade possui.

 

Pretende ainda voltar algum dia para morar?

Por enquanto, prefiro aproveitar as oportunidades que Porto Alegre oferece, principalmente as profissionais e as de lazer. No futuro quem sabe, especialmente caso São Sepé se desenvolva e ofereça maiores oportunidades.

Porém, cada vez que estou aí, certamente bate aquela vontade de ficar por pelo menos mais um pouquinho.

 

O que acha de nossa cidade?

Gosto muito de estar em São Sepé, cidade tranquila de onde guardo muitas boas lembranças e grandes amigos, onde incluo meus familiares.

Gostaria de ver São Sepé crescendo mais, e creio que há aí um excelente potencial para o desenvolvimento. Não vejo outra forma para alcançar este desenvolvimento do que pela educação de qualidade, desde o ensino básico até o ensino superior. Neste ponto, em primeiro lugar, há que se valorizar o trabalho heroico que fazem os nossos professores da educação básica, e buscar garantir o acesso às escolas para todos. Sempre estudei em escolas públicas (Mario Deluy, Tiaraju e CESS) e, cada vez mais, valorizo a qualidade de ensino que tive nas escolas da cidade. Com relação ao ensino superior, acredito que as escolas técnicas e faculdades da região devam ser usufruídas ao máximo, assim como já vem ocorrendo de certa forma.

Entretanto, é necessário que o município crie oportunidades de trabalho para que as pessoas que atingem esta qualificação possam voltar a morar na cidade e a população sepeense possa se beneficiar disto. Hoje, a maior parte daqueles que saem para estudar acabam não voltando para São Sepé, assim como no meu caso.

No setor agropecuário vejo que já existem tecnologias de ponta sendo implantadas e que devem ser cada vez mais incentivadas e expandidas ao maior número de produtores possível, principalmente aos pequenos.
Particularmente, gostaria que houvesse um maior estímulo à atividade industrial, onde se produzam produtos com maior valor agregado, proporcionando mais empregos à mão de obra disponível na zona urbana e renda ao município como um todo.

Os projetos da termoelétrica e da barragem são excelentes iniciativas que devem ser apoiadas e aproveitadas, pois darão sustentação a qualquer possibilidade de crescimento que São Sepé virá a ter.

Enfim, talvez eu não volte para morar em São Sepé, mas com certeza quero estar sempre perto desta Terra, e sempre levarei São Sepé por onde eu estiver.