RU poderá servir refeições só para alunos com benefício socioeconômico

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Foto: Pedro Piegas/Diário


 

Foto: Pedro Piegas/Diário

Um importante serviço está na berlinda – o Restaurante Universitário (RU) – e corre o risco de ser diretamente impactado dentro do contexto dos cortes promovidos pelo governo federal, que atingem a instituição desde o começo do ano.

A Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) estima que é possível manter os três RUs (dois no campus sede, em Camobi, e um no prédio da Antiga Reitoria, no Centro) e dos demais campi (Cachoeira do Sul, Frederico Westphalen e Palmeira das Missões) por, no máximo, 45 dias.

A sinalização já vinha sendo dada pela Prae desde agosto. Quando, à época, o pró-reitor Clayton Hillig comunicou que os restaurantes deixariam de ofertar suco como opção no cardápio.

“Temos, hoje, recurso para manter os RUs em funcionamento até metade de outubro. Estamos estudando atender somente estudantes com BSE (benefício socioeconômico) para que possamos chegar ao final do ano”, projeta frente ao atual cenário, o pró-reitor Clayton Hillig.

Desde o começo do ano, a Prae tinha inicialmente um orçamento de R$ 25 milhões. Até o momento, foram utilizados R$ 17 milhões para garantir bolsas e auxílios (como transporte e de material pedagógico) para 4,3 mil alunos com benefício socioeconômico.

Dos R$ 8 milhões restantes, R$ 6 milhões estão disponíveis e os outros R$ 2 milhões estão bloqueados. O pró-reitor Clayton Hillig afirma que para os três RUs se manterem em funcionamento de forma ininterrupta seriam necessários R$ 11 milhões.

O aluno com BSE tem a refeição gratuita. Já os demais que não contam com o auxílio pagam R$ 2,50, uma vez que a universidade subsidia em 60% o valor do almoço. Já quem é servidor, por exemplo, paga R$ 9,70 pela comida.

Por ano, são servidas 2 milhões de refeições à comunidade universitária (alunos, professores e servidores) e cerca de 9 mil refeições (sendo seis mil almoços) por dia, nos três restaurantes. Sendo que os estudantes com BSE representam 50% dos usuários dos RUs.

 

 

Fonte: Diário de Santa Maria/Coluna de Marcelo Martins