Reús são julgados por homicídio ocorrido em 2009, em São Sepé

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Foto: arquivo/Jornal A Fonte


 

Foto: arquivo/Jornal A Fonte

Três réus são julgados nesta sexta-feira, 29, acusados de um homicídio ocorrido em 2009, em São Sepé. O júri presidido pelo Juiz de Direito, Francisco Schuh Beck, iniciou por volta das 10h no plenário da Câmara de Vereadores.

São julgados os réus Roger Santos Pereira, Wagner Philip Campos de Lima e Jonathan Cristian Gonçalves dos Santos. Eles são acusados da morte de Paulo Roberto da Silva Ferreira, ocorrida no dia 5 de julho de 2009, na Rua Plínio Pontes, no Bairro Pontes.

Durante a sessão Jonathan falou que a vítima “puxou briga” com Wagner na saída de um bailão, momento que ambos iniciaram uma discussão que desencadeou em um agressão física. Jonathan, que na época tinha 19 anos, disse que em seguida Wagner começou a espancar Paulo Roberto. Vendo que não conseguiria colocar fim a briga Jonathan se retirou do local da agressão. Ele disse que ficou sabendo no dia seguinte sobre a morte de Paulo Roberto e que a vítima já tinha desavença com Wagner. Jonathan depôs ainda no julgamento que viu Wagner “arrancar” um pedaço de pau de uma cerca antes das agressões.

Já o acusado Roger, que atualmente cumpre pena por homicídio, foi o segundo a falar. Ele disse que também havia saído do bailão naquela madrugada e estava em casa quando viu uma movimentação na rua onde morava. Ele relatou que ficou curioso e desceu para ver o que estava acontecendo quando encontrou Paulo Roberto caído no chão e Wagner perto da vítima. Roger contou que tentou segurar Wagner pelas costas para evitar que a vítima fosse morta, mas acabou sendo atingido por um pedaço de madeira na cabeça, sofrendo um pequeno corte. O acusado disse que Paulo Roberto e Wagner tinham várias desavenças e que Wagner deu uma paulada na cabeça da vítima. Roger comentou que era amigo de infância de Paulo Roberto e que a vítima teria pedido para não morrer.

O terceiro réu envolvido no caso, Wagner, optou por não comparecer no julgamento, sendo exercida a defesa pela Defensoria Pública do Estado.

Houve intervalo para almoço e o julgamento foi retomado às 14h. Por volta das 14h45min o advogado de defesa de Roger estava falando em plenário.

 


Relembre o caso

De acordo com reportagem publicada no jornal A Fonte na época do crime, Paulo Roberto da Silva Ferreira, de 21 anos, foi encontrado morto na Rua Plínio Pontes. Segundo a Brigada Militar, uma moradora do local teria comunicado por telefone que três homens estariam agredindo a vítima. Os policiais, ao chegarem, encontraram Paulo Roberto morto na rua com a cabeça deformada.

Em um campo, a aproximadamente 20 metros de onde se encontrava o corpo de Paulo Roberto, os policiais da Brigada Militar encontraram uma trama e uma faca com manchas de sangue, além do sapato da vítima.

Tão logo foi noticiado pela Rádio Cotrisel que havia ocorrido um homicídio, familiares, amigos da vítima e populares foram ao local. A sogra de Paulo Roberto foi a primeira a fazer o reconhecimento e depois um tio confirmou a identidade do rapaz. Peritos que vieram de Santa Maria fizeram o laudo e depois o corpo foi encaminhado para necropsia. Policiais e quem acompanhou o trabalho da perícia ficaram impressionados com tamanha violência. Além das pauladas na cabeça, Paulo Roberto tinha facadas pelo corpo e diversas perfurações de prego que estavam no instrumento usado pelos agressores.

Segundo a reportagem da época do crime, Paulo Roberto já tinha passagem pela polícia e nao estava descartada que a morte dele tenha sido um acerto de contas.