Quase 20 anos depois, acusadas da morte do professor Érico começam a cumprir pena

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Uma das responsáveis pela morte do professor Érico da Luz Ribeiro deve iniciar a cumprir a pena quase 20 anos após o crime. Juliana Colbeich da Silva, 43 anos, ex-mulher da vítima, foi detida na quarta-feira em um ônibus na cidade de Sarandi.

Ela estava com prisão decretada pela condenação a 20 anos de reclusão por homicídio e ocultação de cadáver. A informação foi descoberta após consulta no sistema integrado da Segurança Pública, quando os agentes da PRF constataram a existência do mandado de prisão contra ela que foi conduzida à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Sarandi. Ela foi levada para o Presídio Regional de Passo Fundo.

A mãe de Juliana, sogra da vítima, também foi condenada a 20 anos de prisão. Ana Lira Colbeich da Silva, de 68 anos, havia sido presa na segunda-feira, 31.

As duas foram levadas juntas a júri popular em 2010. As condenações transitaram em julgado, ou seja, esgotaram-se as possibilidades de recurso no judiciário brasileiro e os mandados de prisão para cumprimento de pena foram expedidos automaticamente.

Érico foi morto em 2002 após ter sido sequestrado e torturado numa ação de quadrilha. O corpo dele foi encontrado amordaçado, em estado de decomposição e com os pés e mãos amarrados às margens da ERS-403, próximo à ponte sobre o Rio Botucaraí. Esse foi um dos crimes de maior repercussão das últimas décadas em Cachoeira do Sul.

Na época, as investigações da Polícia Civil concluíram que o assassinato foi motivado por uma disputa da guarda de uma filha de Érico e Juliana. Além de Ana Lira e Juliana, também foram condenados pelo mesmo crime os réus João Ismael Leão Colbeich e Cláudio Daniel Bittencourt Forrati, cada um a 18 anos e meio pelos mesmos crimes. Dentre outros investigados que também figuraram nas investigações, um faleceu e outros dois não chegaram a ir a júri por acordos feitos com a Justiça.

O advogado Paulo Renato Vargas, que atuou na assistência de acusação, enfatizou que mesmo com o passar do tempo a justiça foi feita. “A grande mensagem que fica é que o crime não compensa. Ainda que se tenham passado quase 20 anos do crime (e 10 anos desde a sentença do júri), a pena está aí e agora mãe e filha devem cumprir o que lhes foi sentenciado”, concluiu.

 

*com informações O Correio