Programa municipal deve estimular economia local e ajudar desempregados

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A partir do cadastramento de pessoas vulneráveis pelo Escritório da Cidadania e de empresas locais pelo Escritório do Desenvolvimento, a Prefeitura de São Sepé pretende criar o Programa Municipal de Aquecimento da Economia Local.

A proposta, apresentada em 2020 pelos vereadores Tavinho Gazen e Zilca Camargo e pelo ex-vereador Lauro Ouriques, além do atual secretário Paulo Nunes, vai ser reconfigurada para atender a população que enfrenta dificuldades com o desemprego e desaquecimento da economia gerado pela pandemia.

Na tarde desta quinta-feira, 7, o prefeito João Luiz Vargas e o Secretário Adjunto de Desenvolvimento, Leandro Gonçalves, participaram de uma reunião com o Secretário de Governança e Enfrentamento à Pandemia do município de Canoas, Felipe Martini, que coordena o trabalho naquela cidade da região metropolitana.

O modelo que será apresentado na Câmara de Vereadores de São Sepé terá dois eixos: pessoas físicas e empresas, abrindo linhas de microcrédito às empresas e fomentando a compra de produtos alimentícios nos pequenos comércios locais. Será gerado um auxílio extraordinário, aos moldes do Auxílio Emergencial do Governo Federal que deverá ser pago em forma de bolsa para pessoas que participem de cursos de aperfeiçoamento e cumprimento de tarefas como capina, limpeza e roçada.

Em 2002 o município de São Sepé já havia criado uma política pública semelhante, denominado “Novos Caminhos”. Os recursos da bolsa poderão ser utilizados apenas em compras de alimentos no comércio local.

Segundo o secretário de Canoas, Felipe Martini, a lógica deste projeto é interessante: “São Sepé vai aderir esta inovação, de fazer com que a comunidade carente participe do aquecimento do comércio local. E a prefeitura não dará o peixe, pois a bolsa será um incentivo para que participe de algum curso de aperfeiçoamento e possa colaborar com atividades práticas de capina, limpeza e varrição”, comenta.

Conforme o secretário Adjunto de Desenvolvimento, Leandro Gonçalves, o programa será elaborado em conjunto entre os Escritórios de Desenvolvimento e da Cidadania. “Esse será um programa transversal, com participação de diferentes setores da administração. Queremos abrir uma linha de microcrédito para pequenas empresas e auxiliar na segurança alimentar das pessoas vulneráveis, nesse momento atípico de pandemia”, disse Leandro.

O recurso para o financiamento do programa deverá ser gerado da remuneração pelas aquisições, por parte do Grupo CEEE, das ações que o município de São Sepé tem com a companhia. A proposta é explicada pelo prefeito João Luiz: “Esse investimento, com a cobertura de juros dos microcréditos ou concessão de auxílio extraordinário para pessoas vulneráveis, não foi dimensionado no orçamento elaborado no ano passado. Nossa ideia é trazer dinheiro novo, por isso pensamos no recurso disponível na venda das ações da CEEE, que vem depreciando no passar dos anos”, concluiu João Luiz.

Na tarde desta quinta, além da reunião com o Secretário de Governança e Enfrentamento à Pandemia do município de Canoas, a comitiva sepeense foi também na CEEE para verificar, junto com o Diretor Administrativo do Grupo CEEE, Lúcio de Prado Nunes, a disponibilidade e a forma de resgate das ações que o município tem na companhia.

 

 

Fonte: A. I. Prefeitura de São Sepé