Persistência: o sepeense que driblou as dificuldades e se tornou atleta profissional

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Passaram-se quase 30 anos desde que ele teve o primeiro contato com uma bola de handebol. Na época, o sepeense Sandro Borba (Nenê) pouco imaginava que aquele esporte que trocava os pés do sempre clássico futebol pela agilidade das mãos e pela força dos braços pudesse ser o impulso para um futuro promissor. Hoje, o professor de educação física pós-graduado em saúde humana e personal trainer colhe os frutos de uma longa jornada repleta de desafios, mas também de grandes conquistas. Nesta semana, a reportagem especial conta um pouco da história do sepeense que já atuou em mais de 10 clubes de handebol distribuídos em diversos estados do Brasil e hoje desenvolve um projeto social ligado ao esporte.


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Como todo bom início, a jornada de Sandro começa com dificuldades, mas acima de tudo, com amparo de professores. Ele relembra que foi no ano de 1988, nas escolinhas no ginásio de São Sepé, que o talento começou a ser revelado. “Éramos orientados pelo professor Gilmar Leis. Logo me destaquei, até mesmo por ser canhoto, e joguei os JESS (Jogos Escolares de São Sepé). Não demorou muito para que eu integrasse a equipe principal de juvenil e, em seguida, ir para a Argentina”, conta.

Sandro lembra dos tempos difíceis, quando fazia entrega de leite antes dos treinos para ajudar a família. “Eu morava no Bairro Santos. Fazia as entregas de manhã – bem cedo – e depois ia para o ginásio treinar. Os professores Edson e Rosane Casanova foram muito importantes para mim”, relata Borba que ainda estudou nas escolas Tiaraju e CESS.

A partir daí, o jovem jogou pelo Corinthians, em Santa Maria. Como ainda morava no município sepeense, Sandro tinha mais um desafio no dia: vender o leite cedo, ir para a escola e, só depois, ir para as margens da BR-392 pedir carona para enfim jogar na cidade vizinha. “Eu só tinha dinheiro para a passagem de retorno”, comenta.

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No Corinthians, foram os professores Sergio, Iradil Antonello e Luiz Celso Giacominni que apostaram em Sandro. “Eles me convidaram pra mudar pra Chapecó, no melhor time daquela época, em 1996. Servi ao exército e fui em morar em Santa Catarina”.


Daí pra frente a passagem por novas equipes é quase incontável. Foram clubes de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Santa Catarina, etc. Borba ainda atuou como convidado em equipes do Paraná e Rio Grande do Sul. Ele resume a trajetória de sucesso. “Joguei várias competições como Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Liga Nacional, Campeonato Paulista, Mineiro, Carioca, Paranaense, Copa Mercosul onde sempre fui campeão ou finalista, sempre com orgulho”, conta.

Sandro acredita que a sua terra de origem tem potencial para revelar novos atletas. Ele, que retorna ao menos uma vez por ano para visitar a família, tem sonho de voltar para a cidade natal e colocar em prática um projeto social. “Há muito potencial em nossos jovens, basta ter um olho clínico para perceber e dar apoio. O handebol me ajudou a conhecer o Brasil e, principalmente, formar o meu caráter”, conclui Sandro Borba que até hoje ministra um projeto social para jovens em Chapecó.

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Trajetória Profissional:

– 1996 CHAPECÓ SC;

– 1998 GENERAL MOTOR GM SÃO JOSÉ DOS CAMOOS-SP;

-1999 SANTO ANDRÉ-SP;

-2000 CLUBE DE REGATAS VASCO DA GAMA-RJ;

-2003 IPATINGA-MG;

-2004 ESPORTE CLUBE PINHEIROS ECP-SP;

-2005 UNIVERSO-RJ;

-2006 UNOESC JOAÇABA SC;

-2007-2014 UNOCHAPECÓ CHAPECÓ SC

-2015 JOAÇABA-SC.

 

 

Guilherme Motta