Operação desarticula organização criminosa de tráfico de drogas em Cachoeira do Sul

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Foto: divulgação


Foto: divulgação

Desde o fim da madrugada desta quinta-feira, 6, o Ministério Público (por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco –, Promotorias de Justiça de Cachoeira do Sul, Venâncio Aires e Especializada Criminal), Brigada Militar (pela Corregedoria da BM e diversos Batalhões e Pelotões de Operações Especiais) e Polícia Civil (pela Delegacia de Polícia de Cachoeira do Sul e 20ª Delegacia Regional) cumprem 35 mandados de prisão preventiva e 37 mandados de busca e apreensão em Cachoeira do Sul.

As prisões envolvem uma organização criminosa que atua no tráfico de drogas na região, especialmente cocaína e maconha. São realizadas buscas em casas, empresas e nos presídios de Cachoeira do Sul e Venâncio Aires. Mais de 250 agentes das três instituições e o helicóptero da BM participam a Operação.

A investigação iniciou a partir de informações da BM ao controle externo da atividade policial do MP em Cachoeira do Sul de que um sargento da BM estava dando proteção ao líder do tráfico na cidade, há cerca de um ano. Meses depois, a Polícia Civil passou a apoiar as investigações do MP. Durante esse período, quase 20 quilos de entorpecentes foram apreendidos.

Há indícios de que parte dos valores angariados pelo tráfico de drogas era lavado a partir da revenda de carros de propriedade da companheira do líder da facção e irmã do sargento investigado. Essa empresa, além de outras duas cujas proprietárias são esposas de “gerentes” do grupo criminoso, eram utilizadas da seguinte forma: os integrantes da facção eram contratados regularmente, com carteira de trabalho para que, quando fossem presos, tivessem o direito ao auxílio reclusão – R$ 500 desse valor era direcionado para o pagamento mensal de advogados. Além disso, as empresas forneciam as cartas de emprego para que os membros da facção pudessem progredir para o regime semiaberto com saída externa.

Quatro taxistas estão entre os investigados. Eles faziam o transporte de drogas dos pontos de venda aos clientes (ao preço da corrida mais o valor da droga), mas um deles já mantinha consigo grandes quantidades para posterior revenda. Os taxistas também agiam como motoristas contratados pela facção para o recolhimento dos valores arrecadados durante o dia de trabalho nas “bocas” e transportavam dinheiro do grupo.

 

 

Fonte: MPRS