Mulher que ficou ferida em acidente na BR-392 quer responsabilização dos culpados

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O acidente de trânsito que envolveu três veículos e um cavalo na BR-392, em São Sepé, segue na memória de uma mulher que sobreviveu e quer a responsabilização dos culpados por deixarem o animal solto na pista. O cavalo estava próximo ao Posto Cotrisel. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) uma camioneta Amarok com placas de Porto Alegre seguia no sentido São Sepé/Santa Maria quando o motorista não conseguiu desviar do equino, causando o choque. Logo atrás vinha um outro veículo Fiesta, com placas de Florianópolis, que bateu na traseira da Amarok, que invadiu a pista contrária e colidiu frontalmente com uma outra camioneta D-10, com placas de São Sepé.

Nesta semana nossa reportagem conversou com Maiara Lopes. Ela estava na caminhonete com placas de São Sepé junto com o esposo e a filha e contou em detalhes como tudo aconteceu.

acidente br 392 cavalo

“Nós estávamos vindo de Santa Maria para casa. Eu não vi o cavalo. Eu só senti a hora que a Amarok bateu em nós. Eu vinha distraída com minha filha que tinha dormido, aí o Delano pediu pra eu fechar o vidro, pois estava frio. De repente ele disse que tinha visto passar uma luz pra nossa mão e de repente sumiu. Foi aí que ele tomou uma atitude rápida e deu uma ‘puxada’ na caminhonete, mas ainda assim a Amarok acertou meu lado. Foi muito rápido, a gente só viu que tinha cavalo envolvido quando conseguimos sair da caminhonete. Se o Delano não viesse atento e devagar, a Amarok iria nos pegar de frente, aí só Deus sabe o que poderia ter acontecido”, lembra.

Maiara ainda conta que bateu a cabeça por causa da colisão. “Eu nem sabia onde eu estava. Eu só lembro que pedi ajuda para pegarem minha filha”, diz. “Eu fiquei (ferida). Levei pontos na cabeça, vários hematomas pelo corpo, mas só eu. Fomos atendidos, eu e o senhor de Caçapava, pelo SAMU. Estou sabendo que ele está com sérios problemas de saúde”, menciona.

 

Maiara pede responsabilização dos culpados

Segundo Maiara, o esposo dela está com o serviço parado, pois a caminhonete ficou danificada por causa do acidente e ele depende do veículo para trabalhar com o comércio de lã. Além de questionar sobre a responsabilidade do dono do animal, Maiara culpa as autoridades que, segundo ela, sabiam do problema e não tomaram nenhuma atitude. “Fiquei com o psicológico atingido, pois poderíamos nem estar aqui hoje. Queremos justiça”, relata.

 

Acidente ocorreu em rodovia Federal

Nossa reportagem entrou em contato com o Procurador Jurídico do Município, Cláudio Adão Amaral de Souza, já que muitas pessoas questionaram a Prefeitura e Brigada Militar sobre de quem é a responsabilidade por animais soltos, como o caso relatado após o acidente.

“Muito embora não conhecer os argumentos da vítima, a posição, por ora, é que o Município é parte ilegítima em eventual processo, pois o acidente ocorreu em rodovia de domínio Federal”, destaca.

O Procurador salientou que o Município está a disposição para conhecer os fatos e até mesmo debater sobre o ocorrido com as vítimas, proporcionando todo atendimento ao alcance do Município, inclusive médico, odontológico, entre outros”, conclui.

 

 

Guilherme Motta