MP propõe medidas para solucionar questões envolvendo aplicação de herbicida no RS

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Foto: Adriana Michelon/MPRS


 

Foto: Adriana Michelon/MPRS

O fabricante do herbicida 2,4-D tem dez dias, a contar da sexta-feira, 31 de maio, para apresentar seu posicionamento acerca das propostas formuladas pelo Ministério Publico para solucionar, ao menos para esta safra, problemas causados pela aplicação do herbicida em 22 municípios do Estado e buscar uma pacificação no setor agrícola.

Em reunião ocorrida na tarde de sexta-feira, 31, no Palácio do Ministério Público em Porto Alegre, os promotores Alexandre Saltz e Felipe Teixeira Neto, coordenadores do Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais, sugeriram aos fabricantes dois pontos principais como medidas iniciais e urgentes.

O primeiro seria a possibilidade de implantação de um modelo de “venda aplicada” do 2,4-D para as zonas sensíveis (neste momento esses 22 municípios onde foram constatados danos), envolvendo um sistema contendo informação das condições meteorológicas vigentes e a presença de um responsável técnico.

“O Ministério Público entende o fabricante como responsável por todo o ciclo de vida do produto. Por isso a importância da indústria participar de forma direta inclusive na fiscalização da aplicação do herbicida”, explica Saltz.

A outra proposta é que seja criado pelas empresas um fundo com o objetivo de garantir a eficiência no controle do 2.4-D. Foi sugerida a contratação, via Laboratório de Análises de Resíduos de Pesticidas, da Universidade Federal de Santa Maria, de um pacote de análises multi resíduos incluindo o 2.4-D, contendo todo o processo de coleta, cadeia de custódia e produção do laudo, para todo o Estado do RS. O acionamento do LARP ocorreria pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural e pelo MPRS.

Participaram da reunião representantes da Secretaria da Agricultura, Farsul, Ibravin, Fecovinho, Agapomi e diversos fabricantes do 2.4-D.

 

 

Fonte: Ministério Público