Moradores de uma localidade do Terceiro Distrito, no interior de São Sepé, encontraram na manhã terça-feira, 10, um macaco da espécie bugio.
A coordenadora da Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Cláudia Santos, foi informada por uma Agente Comunitária de Saúde de que os moradores do Corredor dos Trindade haviam encontrado o animal na localidade. Ao saber do caso, a coordenadora se deslocou até o interior do município e, junto com a agente Andreia dos Santos, localizaram o animal.
“O bugio estava quase morto, muito doente e com muita febre. Os Agentes de Saúde são muito importantes para qualquer ação. Passamos por muitas águas. Levei quatro horas para conseguir obter o animal”, conta Cláudia.
A coordenadora da Vigilância Ambiental disse que um veterinário irá nesta quarta-feira, 11, coletar amostras do animal para que sejam encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz em São Paulo. Isso porque os bugios alertam para presença de doenças como a Febre Amarela. A partir disso é possível verificar se há suspeita de Febre Amarela ou outra doença endêmica de animais. No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da Febre Amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo transmissor da dengue).
Muitas vezes estes animais são encarados como vilões ou até mesmo vistos como possíveis transmissores de Febre Amarela. No entanto, eles são verdadeiros aliados no combate à doença e a orientação é que eles não sejam mortos. Ou seja, o bugio também é vítima da doença, assim como os humanos. A Febre Amarela é uma doença infecciosa transmitida somente através da picada do mosquito. O bugio não transmite a doença para os humanos.
A partir da coleta e do resultado que será apresentado, a Vigilância Ambiental de São Sepé poderá concentrar esforços para identificar possíveis focos de Febre Amarela e orientar a população.
“A comunidade do interior não precisa esperar o resultado da análise. Pode começar a procurar pela vacina contra a Febre Amarela no Posto de Saúde do Centro, pois essa recomendação é do Ministério da Saúde, visto que a cidade está na lista das que possuem risco da doença. É muito importante que todos os moradores do interior que encontrarem ossadas ou bugios doentes também nos procurem para que isso seja notificado”, destaca Cláudia.
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