Ministério Público não poderia fechar a boate kiss, diz promotor Ricardo Lozza no júri da Kiss

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Reprodução TJ-RS.


Reprodução TJ-RS.

 

O promotor de justiça Ricardo Lozza é a última testemunha a prestar oitiva no julgamento da kiss em Porto Alegre. Lozza, responsável pela autorização do funcionamento da boate no Ministério Público (MP), disse que ele não tinha conhecimento sobre as espumas.

Responsável pela vara ambiental, Lozza lembra que as boates emitem poluição sonora, por isso, elas precisam de laudos de diferentes órgãos para funcionarem. O promotor contou que os vizinhos da casa noturna em Santa Maria reclamavam da perturbação sonora. “O MP não foi notificado da espuma como forma de isolamento acústico, na boate. Fomos notificados de outros materiais na reforma. Mas não sabíamos, nem sugerimos espuma”, explicou.

O promotor disse que foi alvo de notícias falsas desde 2013. Segundo ele, vincularam o nome dele, e do MP como responsáveis pela tragédia. No depoimento, ele chegou a mencionar -sem citar nomes- uma matéria de um  jornal de grande circulação no Rio Grande do Sul. “Sofri ataques por coisas, situações midiáticas”, disse.

Ricardo Lozza foi pragmático em apontar a parcela de culpa dos empresários da casa noturna e alguns órgãos público na tragédia. Ponderado e técnico, o promotor disse que a frase dita por ele sobre o fechamento da boate, foi falada no sentido humano e não jurídico. “Do ponto de vista profissional, eu fiz tudo que deveria ser feito”, afirma.

Ricardo Lozza relatou a preocupação do sócio Elissandro Spohr (Kiko) em resolver os problemas  relativos a boate. Conforme Lozza, o empresário sempre se mostrou disposto a resolver os problemas e responsável com os assuntos da casa noturna.