Lula pelo Brasil – Júlio Lima

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Acompanhei a caravana Lula pelo RS, iniciada em Bagé no dia 19 de março. Como Lula foi o criador da Unipampa, em Bagé, foi convidado para visitar a universidade. Nossa surpresa foi quando na chegada ao local a caravana foi recebida com violência, incitada pelos dirigentes do Sindicato Rural de produtores do município, que enviou para o local seus tratores e seus peões a cavalos, armados com pedras, pedaços de madeiras, relhos e armas de fogo.

Inclusive eu fui agredido fisicamente e moralmente sem ter dito uma palavra sequer. Mas o povão estava presente e compareceu no ato.

Este movimento de ódio em Bagé sem explicação motivou a mesma reação em outros municípios com maior ou menor intensidade. Fomos a Livramento onde houve ato pacífico na praça internacional, com presença do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica, e do Equador Rafael Correa.

Após, em Santa Maria visitando a UFSM, houve confronto entre estudantes com feridos e a conivência da Polícia Militar. Novo ato político foi feito no Bairro Nova Santa Marta, onde houve ausência de incidentes.

Nas cidades de São Borja, São Miguel das Missões, Cruz Alta, Sarandi, Panambi, Palmeiras das Missões houveram agressões à caravana, sempre proporcionadas por grandes produtores, seja jogando pedras, ovos, etc, nos carros da caravana, e agredindo pessoas covardemente com chicotadas, pedradas, etc.

Não foi diferente em Santa Catarina e agora no Paraná, onde um ônibus da caravana foi atingido covardemente com quatro tiros. O presidente Lula nunca desistiu dos atos políticos programados. Foi e enfrentou esta minoria violenta, porque a maioria eram da paz.

Lula e Dilma saem do Sul tristes por ver que está se criando um país dividido entre duas classes. A elite armada e com ódio e o povo simples desarmado e trabalhador.

Eu como dirigente e assessor parlamentar e ser humano de paz, não consegui até agora entender tanto ódio contra um partido. A discussão deve se dar no campo das idéias, no voto do povo. Para isto, basta apresentar os candidatos, seus projetos e o povo escolher. É simples.

Não há necessidade de uma guerra civil no país, que me parece é o que o grande capital está provocando. Paz, desça as asas sobre nós.

 

 

Júlio Lima

Secretário Geral do Partido dos Trabalhadores (PT) de São Sepé