LISARB – Francisco Melgareco Benine

0
167


 

Bem vindos ao LISARB. O país da contramão, da inversão.

Aqui o lixo é cultura, o ridículo é sucesso, o palhaço é deputado. De organizado só o crime, o prédio cai sem terremoto, o tsunami é de barro. Aqui se queima a floresta, país sofisticado e politizado. Politiza o remédio e a vacina. Se fecha antes da hora, abre no pior momento possível.

Gigante pela própria natureza, belo, forte e colossal. Mas teu futuro espelha a incerteza. Pelotão de frente no ranking mundial de corrupção, zona de rebaixamento no de educação. O secretário quer parecer ministro de Hitler, o ministro acredita em terra plana, o professor não tem valor.

Entre outras mil, és tu, no fim da fila do pão. Dinheiro na cueca, propinas e superfaturamento. Médium de Deus fajuto impune, pessoas de bem entre grades das portas e janelas de suas casas, criminosos soltos pela rua. O trabalhador ganha pouco, enquanto alguns roubam muito. O imposto cresce e o salário encolhe.

Mas não bastam todos os escândalos nossos de cada dia. A terra dos valores invertidos, corrompidos e pervertidos precisa inovar. E assim é lançada a nossa mais nova vergonha mundial: O “estupro culposo”. Sim, aqui o estupro é culposo. Aqui se nada contra a correnteza, com uma âncora acorrentada na perna.

Aqui se desafia mais do que o limite do absurdo, se desafia o poder de não haver mais limites. Paraíso tropical, pátria amada, idolatrada, salve, salve-se enquanto há tempo, pois o pudor já foi embora. E assim, o precedente aberto espelha essa grandeza, da falta de amor e esperança que à nossa terra desce.

LISARB, o grande exemplo de o quanto a humanidade está a cada dia mais apodrecendo.