Júlio era um menino que possuía deficiência física e mental desde o nascimento. Não andou, não falou, ouvia e enxergava muito pouco. Era portador de lesões no coração e nos intestinos. Apesar de todos os esforços e cuidados, desencarnou aos três anos e meio por uma pneumonia. Aos olhos de uma pessoa não esclarecida era uma injustiça divina com esta criatura. Pois não era.
Na vida anterior ele foi um jovem sadio e belo filho de pais já na madureza e foi criado com todos os seus desejos satisfeitos e sem nenhum limite. Logo começou a usar cigarro e alcoólicos. Em seguida passou para as drogas de todos os tipos.
Seus pais desencarnaram em um acidente de trem ficando somente ele e duas irmãs mais velhas. Não quis morar com as irmãs e ficou morando sozinho na casa que era dos seus pais. Aí se atirou profundamente nos vícios. Começou a vender tudo de dentro de casa para comprar as drogas até não restar mais nada em casa. Não se alimentava mais. Higiene nem pensar. Estava vivendo como um animal. Expulsava as irmãs e qualquer um que quisesse ajudá-lo. Um dia, viu que suas irmãs estavam providenciando em interná-lo para tratamento desintoxicante. Tentou o suicídio com uma overdose. Não conseguiu. Tentou mais uma vez com uma mistura de drogas e remédios. Morreu à tardinha e foi achado pela manhã.
Como suicida acompanhou a decomposição do seu corpo físico com sofrimentos atrozes e arrependimentos severos. Demorou um ano e meio para se recuperar, mas lesou gravemente o seu perispírito. Preparou-se e reencarnou com a sua deficiência física e mental já descrita.
*Retirado do livro “Deficiente mental – por que fui um”.
Associação Espírita Jesus Nazareno
