José Brum

Salve Jorge, o Cavaleiro de Aruanda‏
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Jorge, até então soldado do império Romano, mantinha-se fiel a Jesus. O Imperador Diocleciano tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos.

Jorge sempre respondia: “Não, imperador! Eu sou servo de um Deus vivo! Somente a Ele eu temerei e adorarei”.

E Deus, verdadeiramente, honrou a fé de seu servo Jorge, de modo que muitas pessoas passaram a crer e confiar em Jesus por intermédio da pregação do jovem e ousado soldado romano.

Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito em seu plano macabro, mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus no dia 23 de abril de 303. A devoção a São Jorge rapidamente tornou-se popular.

Seu culto se espalhou pelo Oriente e, por ocasião das Cruzadas. Verdadeiro guerreiro da fé, São Jorge venceu contra Satanás terríveis batalhas, por isso sua imagem mais conhecida é dele montado num cavalo branco, vencendo um grande dragão. Com seu testemunho, este grande santo nos convida a seguirmos Jesus sem renunciar o bom combate.

 

LENDA DO DRAGÃO

Um horrível dragão saía de vez em quando das profundezas de um lago e se atirava contra os muros da cidade trazendo-lhe a morte com seu mortífero hálito. Para ter afastado tamanho flagelo, as populações do lugar lhe ofereciam jovens vítimas, pegas por sorteio. Um dia coube a filha do Rei ser oferecida em comida ao monstro. O Monarca, que nada pôde fazer para evitar esse horrível destino da tenra filhinha, acompanhou-a com lágrimas até às margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente destinada a um fim atroz, quando de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia. Era São Jorge.

O valente Guerreiro desembainhou a espada e, em pouco tempo reduziu o terrível dragão num manso cordeirinho, que a jovem levou preso numa corrente, até dentro dos muros da cidade, entre a admiração de todos os habitantes que se fechavam em casa, cheios de pavor. O misterioso cavaleiro lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo, em nome de Cristo, para vencer o dragão. Eles deviam converter-se e ser batizados.

 

SÃO JORGE NA UMBANDA

Na UMBANDA (de uma maneira geral, pois existem variações referentes às diversas ramificações existentes), os Orixás são cultuados como divindades de um plano astral superior, ARUANDA, que na Terra representam às forças da natureza (muitas vezes confundindo-se a força da natureza com o próprio Orixá).

Os Orixás não são deuses como muitas pessoas podem conceber como em outras religiões, mas sim Divindades criadas por um único Deus: Olorun (dentro da corrente Nagô) ou Zamby (dentro da corrente Bantu e das correntes sincréticas).

Em algumas correntes Umbandistas ditas sincréticas há a associações entre Oxalá e Jesus Cristo, entre Santo Antônio e Exu, entre Santa Bárbara e Iansã, entre São Jorge e Ogum… E isso acabou virando “uma simbiose espiritual, uma apropriação simbólica”, em que a imagem do Santo Católico apenas representa um Orixá, mas não é o Orixá; é apenas um símbolo, uma referência material e a apropriação da data de comemoração do Santo para se louvar o Orixá.

Entendendo assim, que não se “baixa” São Jorge em um terreiro, não se baixa Santa Bárbara, mas sim, o Orixá, que é representado com a imagem do Santo. Ogum é um dos orixás mais cultuados no panteão africano é o soldado de aruanda, o general da guerra, o vencedor de demandas. O patrono do ferro e dos metais em geral, o senhor das estradas. É a vibração que nos impulsiona ás lutas, ás guerras  que travamos em nosso cotidiano.

Salve Jorge, Salve Ogum.

Em Louvor a São Jorge (Ogum) acontecerá procissão dia 25/04 às 20h com saída da praça do hospital em direção ao C.E.U. Xangô e Oxum, na Avenida XV de Novembro, 557.

 

Meu Fraterno abraço

Pai José de Xangô

Babalorixá